A Equinor, a Shell e a Exxon Mobil chegaram a acordo com o governo da Tanzânia para o desenvolvimento de um terminal de exportação de gás natural liquefeito (GNL), informou na sexta-feira o director da Equinor Tanzânia.
O acordo é um marco importante para o projecto, há muito adiado, de desbloquear os vastos mas remotos recursos de gás offshore da Tanzânia, que as empresas envolvidas disseram que deverá custar dezenas de milhares de milhões de dólares.
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O acordo de sexta-feira inclui os elementos-chave de um governo anfitrião e de um acordo de partilha de produção, e está sujeito a revisões legais e à garantia de qualidade antes de uma assinatura prevista para as próximas semanas.
“Este acordo abre caminho a uma série de etapas que devem ser cumpridas para concretizar esta fantástica oportunidade de GNL para o país e para o mundo”, afirmou o director nacional da Equinor, Unni Fjaer, num comunicado.
“A decisão final de investimento no projecto de GNL da Tanzânia ainda não foi tomada. A Pavilion Energy, a Medco Energi e a empresa petrolífera nacional da Tanzânia, TPDC, também estiveram envolvidas no acordo”, afirmou a Equinor.
Os próximos passos para a realização do projecto envolvem um período de trabalho de design de engenharia detalhado, disse o presidente da Shell na Tanzânia, Jared Kuehl, numa declaração separada publicada no Linkedin.
A Equinor e a Shell são operadores conjuntos do desenvolvimento, enquanto a Exxon, a Pavilion Energy, a Medco Energi e a empresa petrolífera nacional da Tanzânia TPDC são parceiros no projecto.
Em Junho passado, as partes envolvidas assinaram um acordo-quadro destinado a aproximar o início da construção do projecto.
Em 2014, a Tanzânia afirmou que o desenvolvimento do projecto poderia custar 30 mil milhões de dólares, mas os analistas afirmaram que a inflação dos custos nos últimos anos poderia acrescentar mais milhares de milhões ao investimento.
A Shell opera o Bloco 1 e o Bloco 4 da Tanzânia, que detêm 16 biliões de pés cúbicos de gás recuperável estimado.
O produtor norueguês de petróleo e gás Equinor explora o Bloco 2, no qual a Exxon Mobil detém uma participação e que se estima conter mais de 20 biliões de pés cúbicos de gás.
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