O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, revelou esta quarta-feira no parlamento que empresas renomadas e bem-estruturadas da Europa e do Médio Oriente recusaram-se em aceitar liderar um plano de recuperação das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
“Contactámos várias companhias aéreas de reputação mundial, e nenhuma delas mostrou-se interessada em tomar ou fazer parcerias com a LAM neste momento”, disse o titular da pasta.
Respondendo a questões dos deputados, Magala disse que a situação financeira das LAM continua a degradar-se, estando a funcionar acima das suas capacidades orçamentais, os seja, sob forma de endividamento.
“O negócio é financiado em mais de noventa porcento através da divida, cifra que representa o dobro da média geral. A dívida não estruturada manterá a empresa a perder cada vez mais por ano”, alertou Mateus Magala.
Para o responsável, o desafio imediato que se impõe às LAM é a sua estabilização de modo a evitar perdas progressivas. “Esta acção proporciona mais tempo para se poder rever todas as questões levantadas na avaliação feita e determinar com mais certeza o futuro da LAM”.
Em 2022, as LAM comunicaram perdas de 74,6 milhões de dólares, além de nove milhões de dólares em impostos diferidos. Desde 2019, a empresa tem dificuldades de manter os benefícios de pensões do seu pessoal.
As LAM recorreram à empresa sul-africana Fly Modern Ark para tomar a dianteira da reestruturação e vai apresentar o seu primeiro relatório mensal ainda este mês. (Notícias, RM, STV)
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