A Associação h2n lançou, na quinta-feira, 20 de Abril, no campus da UP Maputo, o Relatório Anual sobre Género nos Media, que aborda a forma como os aspectos de género são retratados no contexto da imprensa nacional e destaca a importância de incluir a perspectiva das mulheres nos media.

Segundo Farida Ustá, Directora do projecto Asas, o relatório procura ilustrar a forma como as questões relacionadas com a igualdade de género são retratadas nos meios de comunicação social e procura contribuir para a reflexão e aumento do debate em torno destas questões nos meios de comunicação social.

Ustá, acrescenta que com a publicação deste relatório, espera-se que o mesmo possa servir de referência para estudantes, jornalistas e decisores para a criação e reorientação de estratégias com vista a melhorar o cenário actual.

A partir da recolha feita nos diferentes meios de comunicação, verifica-se que, em termos de representatividade, o jornal impresso é um dos meios com menos jornalistas mulheres na redacção, o que demonstra que, embora as mulheres estejam a ganhar mais espaço na profissão, ainda enfrentam desafios que as impossibilitam de se dedicarem à profissão na mesma magnitude que os jornalistas homens.

“Superar a preponderância do homem sobre a mulher nos meios de comunicação ainda é um enorme desafio devido a hábitos e preconceitos socialmente construídos que desacreditam as habilidades femininas e permanecem enraizados nas redações. A realidade actual mostra que a existência de mulheres em processos decisivos é de extrema importância para garantir a abertura ao tratamento dos temas. Daí a necessidade de apostar neste grupo para garantir a melhoria da situação actual do género nos media e procurar gerar um debate em torno deste tema tão relevante”, comentou Sheynise Muzé, coordenadora dos media.

De referir que o Relatório Anual sobre o Género na Comunicação Social é produzido no âmbito da implementação do projecto Asas (Projecto de Promoção da Igualdade de Género e Empoderamento da Mulher e Rapariga Adolescente em Moçambique), financiado pela Global Affairs – Canadá e implementado pela h2n.