Nini Satar é o mandante da tentativa do próprio assassinato, revela réu

Hoje estão a ser interrogados dois agentes das Forças de Defesa e Segurança implicados no caso de tentativa de assassinato de Nini Satar.

O réu Edson Muianga disse em sede de julgamento que Nini Satar é o mandante da tentativa do seu próprio assassinato, em Fevereiro de 2022, no Estabelecimento Penitenciário de Máxima Segurança, “B.O.”, na cidade da Matola (Machava), província de Maputo, onde decorre o julgamento.

Diante do juiz da causa, Lucílio Nhanombe, explicou que este caso foi planificado pelo próprio Nini Satar. Na qualidade de mandate Nini Satar identificava-se como sendo um cidadão zimbabueano.

Quando recebeu o plano de tentativa de assassinato de Nini Satar por parte de um colega, que identificou como Lenine, questionou as razões do aludido esquema. Foi-lhe esclarecido que Nini Satar desenhou o plano para deixar transparecer uma certa insegurança no interior do estabelecimento penitenciário onde se encontra a cumprir uma pena de 24 anos de prisão pelo seu envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso, avançou esta tarde a Rádio Moçambique (RM).

Muianga confessou que teria aceite entrar no esquema “do suposto teatro de assassinato de Nini Satar” a troca de dinheiro, referiu a RM.

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Durante o interrogatório, Edson Muianga revelou que o plano de simulação contava com a ajuda de um agente do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP) que facilitou a entrega de um celular aos reclusos que colaboravam no plano.

Disse ainda ter ficado surpreso quando, no decorrer do esquema, foi detido no dia 19 de Março de 2022, na companhia de dois colegas membros da Polícia da República de Moçambique, entre os quais José Ngulele.

O réu alegou que no interior da prisão Nini Satar o ameaçava de morte para que pudesse gravar áudios para confirmar o seu envolvimento no esquema de assassinato sob promessas de, a posterior, lhe ser constituído um advogado e que tudo voltaria à normalidade.

Muianga alegou ainda que durante as ameaças foi coagido a mencionar nomes sonantes do Governo moçambicano como mandantes do crime, ao que recusou a fazê-lo.

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