Oposição sugere investigação de membros da Frelimo sobre facilitação de recrutamento de terroristas

Oposição sugere investigação de membros da Frelimo sobre facilitação de recrutamento de terroristas

Os partidos da oposição em Moçambique reagiram com descontentamento a alegacão do Presidente da República sobre algumas pessoas desarcarem-se de políticos para facilitar i recrutamento de terroristas. Eles sugerem que membros do partido Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) devem ser alvo de investigação pela ocorrência de recrutamento de terroristas.

“Alguns que se fazem de políticos, mas depois são recrutadores de futuros terroristas, estamos a seguir”, disse Filipe Nyusi, recentemente, na cidade de Nampula, alegando receber denuncias de desertores. “Há denúncias daqueles que fogem e dizem os vossos nomes, e eu sei que me estão a ouvir”, escreve a DW.

No entender de Ismael Nhacucue, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o PR deve apresentar provas dessas declarações por gozar de informação privilegiada. “O chefe de Estado, gozando de acesso a informação privilegiada, sabe o que está a dizer. Não pode simplesmente vir ao público a tirar informações bastante sensíveis quanto estas, sem apresentar provas”.

Também o líder da Nova Democracia, Salomão Muchanga, quer uma investigação séria e honesta para responsabilizar os recrutadores de terroristas. “Porque os donos da situação são os mesmos – aqueles que nunca trabalharam para a paz no país, aqueles que nunca trabalharam para o bem-estar social do povo moçambicano”, disse.

Para o presidente do partido Acção do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), Mário Albino, os membros da própria Frelimo têm de ser investigados.

Albino argumenta que o partido “tem o poder para apoiar o terrorismo”. Por isso, entende que a denúncia do chefe de Estado é para o próprio partido.

O Presidente da República e da Frelimo “não está a falar de políticos fora do partido dele. Faltou dizer taxativamente que alguns membros da Frelimo estão a financiar o terrorismo”, disse.

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