Dois sul-africanos e um piloto norte-americano encontram-se detidos em Maputo, transferidos da província de Inhambane, após serem flagrados a 8 de Novembro passado, no Aeroporto de local, carregando mercadorias não declaradas numa avioneta privada, alegadamente para uma acção altruísta em Cabo Delgado.
Os supostos missionários sul-africanos identificados por Wikkie du Plessis, de 77 anos, e Eric Dry, de 69 anos, e o norte-americano não identificado alegam “que estavam de passagem” de Inhambane para o norte do país onde iam vender a mercadoria, segundo a Polícia da República de Moçambique (PRM).
“Esses indivíduos foram detidos por exercício ilegal de função pública. Foram surpreendidos com vários fármacos e não conseguiram satisfazer a polícia da proveniência desses medicamentos”, disse Mércia Bata, da PRM em Inhambane, citada pela Televisão de Moçambique.
Mas, num artigo publicado pela RTP, lê-se que os bens alimentícios e pesticidas destinavam-se a “um orfanato da Igreja Águas Vivas, no distrito de Balama, em Cabo Delgado”. Os produtos teriam sido angariados na África do Sul por um dos dois sul-africanos.
“Pelo que me disseram e pelo que soube de outras fontes em Inhambane, os meus constituintes estão a pagar o preço da filantropia, porque só queriam ajudar”, disse Abílio Macuácua, advogado dos indiciados, citado na publicação.
Actualmente, os cidadãos estão em reclusão na Penitenciaria de Máxima Segurança da Machava, vulgo B.O, disse o advogado, alegadamente “por razões de segurança”, algo que para si é “estranho e misterioso”.
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