O Governo está à procura de soluções para resolver as inquietações dos medidos moçambicanos, garantiu, esta quarta-feira, o Presidente da República, Filipe Nyusi, como forma de desencorajar a classe para não entrar em greve.
“Não temos medo de resolver os problemas, estamos atentos a todas as preocupações”, disse Nyusi ao medico em Niassa.
A AMM convocou e anunciou uma greve geral de 21 dias prorrogáveis, com início a 07 de Novembro próximo. Em causa está, entre outros, o enquadramento dado à classe à luz da Tabela Salarial Única (TSU).
Segundo o PR, as inconformidades detectadas na implementação da TSU são “normais” e frisou que o Governo está tudo a fazer para resolver as irregularidades.
“Num processo como este, surgem problemas, mas não se assustem”, apelou o PR, citado pelo MSN.
A nova matriz salarial, prosseguiu, visa corrigir injustiças salariais persistentes na Função Pública, caracterizadas por diferenças salariais entre funcionários da mesma categoria profissional.
“Há muitos anos que não se trabalhava nas situações em que há os que recebem mais num sector e menos noutros”, frisou.
A TSU aprovada pelo parlamento está a gerar descontentamento em vários sectores do Estado. Por exemplo, esta quarta-feira, os professores ameaçaram paralisar as a actividades de ensino e não realizar exames escolares caso as suas reclamações não sejam atendidas.
Também ontem, funcionários do Ministério da Economia e Finanças paralisaram as actividades em Maputo e Zambézia devido a atrasos nos pagamentos e retirada de subsídio específico do sector.
Os funcionários dispersaram algumas horas depois, ainda no período da manhã, de forma espontânea, perante o olhar atento de elementos da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e da Polícia de Protecção.
Na sequência dessas acções das classes profissionais, o Ministério da Economia e Finanças convocou uma conferência de imprensa para assegurar que foi criada uma comissão, com um mandato de um ano, para o atendimento, num prazo de 15 dias, de cada reclamação dos funcionários públicos sobre a nova tabela salarial, alertando para os prejuízos de greves no Estado.
“A comissão tem um mandato de um ano” e “ela tem um prazo de 15 dias para dirimir potenciais reclamações que a ela sejam remetidas”, afirmou o vice-ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane.
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