África do Sul em greve contra novos preços de combustíveis

África do Sul em greve contra novos preços de combustíveis

Os transportadores de pessoas e bens na África do Sul iniciaram, na noite de ontem, um protesto, até então pacífico, contra o novo reajuste dos preços dos combustíveis que entrou em vigor hoje, depois de ter sido anunciado, na terça-feira, pelo Departamento de Recursos Minerais e Energia (DMRE) do país.

“As coisas se intensificaram muito rapidamente. É aconselhável que você não viaje a lugar algum hoje”, disse uma fonte.

O MZNews sabe que a circulação nas principais avenidas de Joanesburgo, Kwazulo Natal e quase a totalidade de Nelspruit está interrompida. Camiões-cavalo estão estacionados em sentido transversal nas estradas impedindo a circulação de sul para norte e vice-versa.

Em Nelspruit, a intercepção próximo a uma estação da petrolífera Sasol está bloqueada por uma extensão de pelo menos dois quilómetros.

“Roads to Mbombela blocked by protesting taxi drivers/ Estradas para Mbombela bloqueadas por motoristas de transportes em protesto”, lê-se na manchete um portal daquele país, que reporta igualmente a activação do Comando de Operações Conjuntas de Segurança de Lowveld (JOC) devido aos protestos e bloqueios de várias estradas ao redor daquela cidade.

O DMRE anunciou um aumento de preço médio de 2,30 randes por litro (cerca de 10,58 meticais) para todas as variantes de combustível. E o gás LP poderá vai baixar 2,18 randes por quilograma (cerca de 10.02 meticais). O aumento do preços nos combustíveis veiculares foi de 10,6%, fixando um novo recorde.

O petróleo de iluminação, também utilizado para cozinhar pelas pessoas que não têm acesso a electricidade naquele país, aumentou 2,21 randes por litro (10.16 meticais).

Mas também, este protesto deve-se ao facto de o Estado sul-africano pretender reduzir o subsídio do combustível. Segundo a Bloomberg, “a redução de 1,50 rands (6,9 meticais) na taxa geral de combustível, aplicada a partir de Abril, será reduzida para 75 centavos (3.45 meticais) a partir de 6 de Julho e será retirada a partir de 3 de Agosto.

O combustível tem um peso de quase cinco porcento na cesta de preços ao consumidor da África do Sul.

Os aumentos vão provocar mais pressão sobre as finanças domésticas e a inflação que ultrapassou, em Maio último, o limite da faixa ideal do Banco Central sul-africano pela primeira vez em cinco anos.

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