O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse esta quinta-feira que o país vai defender o diálogo e o multilateralismo para a paz no mundo, durante os dois anos de mandado de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Numa comunicação à nação, após o anúncio dos resultados da votação, o chefe de Estado moçambicano assegurou que o país vai pautar a sua conduta naquele órgão pelo “primado da política de paz e de solução pacífica e a advocacia do multilateralismo”.
Os princípios da defesa do interesse nacional e respeito pela soberania e integridade territorial dos Estados também vão conduzir a ação de Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidades, acrescentou Filipe Nyusi.
“Trata-se de princípios e regras angulares que se encontram plasmados de forma clara, tanto na nossa Constituição quanto na Carta das Nações Unidas e serão sempre objeto de respeito pelos moçambicanos”, enfatizou.
Filipe Nyusi disse ainda que o país tem “história e cadastro” na resolução pacífica de conflitos, através do diálogo, referindo o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, em agosto de 2019, um “exemplo recente”.
Nesse sentido, apontou o sucesso do referido acordo como fundamental para a paz e estabilidade de todo o território nacional.
O chefe de Estado defendeu a importância de uma “abordagem multifacetada” na busca da paz e segurança, indicando a cooperação entre as forças de defesa e segurança de Moçambique, Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) como fundamental nos “progressos assinaláveis” registados no combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado, norte do país.
“Esta abordagem multifacetada tem granjeado reconhecimento internacional, como um modelo ‘intrafricano’ bem-sucedido no combate aos grupos armados”, salientou.
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