Empresa moçambicana promove leilões de rubis na Índia e Tailândia

A empresa mineira Fura Mining Mozambique lançou esta segunda-feira os primeiros leilões de rubis que está a extrair no distrito de Montepuez, no norte do país, no âmbito de duas licitações na Índia e na Tailândia, anunciou o Governo moçambicano.

Um comunicado do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) avança que o primeiro leilão decorre desde esta segunda-feira a sábado em Jaipur, na Índia, e o segundo de 30 de Agosto a 12 de Setembro, em Banguecoque, capital da Tailândia.

Em Jaipur, a Fura vai colocar em licitação os rubis no Marriot Hotel e em Banguecoque a venda vai decorrer no Silom 19 Building, refere a nota.

A companhia mineira vai colocar em leilão mais de 300 000 quilates de rubis em mais de 47 sessões.

Os rubis que vão a leilão são extraídos da concessão mineira que a companhia explora no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, norte do país e as pedras que vão ser licitadas são de nível de qualidade “premium”, elevado e médio, como resultado de uma selecção muito criteriosa.

Em Jaipur, prevê-se a presença de 30 empresas da Índia, EUA e Hong Kong para apreciarem os rubis.

Em Banguecoque, espera-se a participação de mais de 45 empresas, maioritariamente da Tailândia.

Para a operação, a Fura vai contar com os serviços da companhia internacional Bonas Group, especializada em leilões de diamantes e pedras preciosas, com sede em Londres e Bélgica.

No âmbito da licitação, a Bonas Group terá as suas plataformas digitais disponíveis para a Fura e vai colocar ao serviço da empresa moçambicana todo o seu conhecimento e experiência na área, assegurando total transparência à operação.

A Bonas Group fez um estudo de todos os potenciais clientes dos rubis que estarão em leilão e terá um especialista para a certificação de todo o processo e supervisão da conformidade da operação com as regras impostas para leilões.

Por outro lado, além da Bonas, a Fura poderá contar com o apoio da Gem and Jewellery Export Council of India (GJEPC), entidade reguladora indiana do sector.

De acordo com o comunicado do MIREME, a Fura pagou um imposto preliminar ao Estado moçambicano no valor de mais de 22 milhões de meticais para exportação do produto.

O remanescente será desembolsado depois do leilão, adianta a nota, sem especificar o valor do imposto devido.

A Fura é a segunda empresa que entra na exportação de leilões de rubis em Moçambique, depois da Montepuez Ruby Mining, pioneira no negócio no país.

Agência Lusa

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