Moçambique vai agravar as medidas de prevenção do covid-19 devido ao aumento do número de casos e mortes nas últimas semanas, anunciou esta quinta-feira o Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Há necessidade de atrasar e mitigar a terceira vaga” para “a tentar controlar”, referiu o chefe de Estado, numa comunicação à nação.
As medidas a vigorar por 30 dias (no âmbito do estado de calamidade) a partir de sábado são as já decretadas em 26 de Maio, com algumas excepções.
O início do recolher obrigatório noturno nas principais cidades e nalguns locais específicos do país vai recuar das 23:00 para as 22:00 durando até às 04:00.
O atendimento em instituições públicas só pode ser feito por marcação e o teletrabalho deve ser privilegiado, pelo menos, para 30% do pessoal quando o distanciamento recomendado não seja possível.
Vai haver uma redução nas lotações permitidas em cultos e celebrações religiosas, conferências e reuniões, os horários de restaurantes e centros comerciais vão ser encurtados nalguns dias e os teatros e centros culturais voltam a estar fechados.
As praias voltam também a estar fechadas para actividades de lazer.
Filipe Nyusi culpa o “incumprimento total e generalizado das medidas de prevenção” e a “fiscalização inadequada” para justificar o agravamento do número de casos e mortes.
Segundo referiu, “as acções de fiscalização serão intensificadas”, notando que, com isso, não está a pedir às autoridades para “chamboquear” (açoitar, no sentido de actuar fisicamente) os cidadãos, mas antes apela à colaboração de todos.
O chefe de Estado referiu também que o Governo está a trabalhar para ter mais vacinas.
“Por razoes que não controlamos – e que não afectam só Moçambique – há uma carência generalizada de vacinas”, pelo que “a melhor vacina é o respeito colectivo pelas medidas de prevenção”.