Zanzibar anuncia construção de arranha-céus mais alto da África subsariana

A construção terá um custo de 1,1 mil milhões de euros. As autoridades de Zanzibar anunciaram a construção do arranha-céus mais alto da África subsariana, com um custo estimado de 3000 biliões de xelins tanzanianos (1,1 mil milhões de euros), equivalente a mais de 60% do orçamento anual do arquipélago.

Com 70 andares, a torre comercial batizada Zanzibar Domino, será construída a 15 quilómetros de Stone Town, classificada Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), e envolverá a criação de uma ilha artificial e de uma marina para iates e navios de cruzeiro.

O custo total da obra será de mais de 3 000 biliões de xelins tanzanianos, um valor que excede 60% do orçamento do arquipélago semiautónomo para 2021-2022, noticiou a agência France-Presse.

Na terça-feira, o ministro de Estado e do Trabalho, Economia e Investimento de Zanzibar, Mudrik Ramadhan Soraga, disse à comunicação social que o projeto irá reforçar “os esforços do Governo para atrair mais investidores locais e estrangeiros para as ilhas”.

A torre irá albergar apartamentos, hotéis de luxo, um campo de golfe e uma capela para casamentos, segundo um comunicado da empresa xCassia, do grupo tanzaniano AICL e da escocesa Crowland Management, as envolvidas no projecto.

De acordo com o fundador da xCassia, Jean-Paul Cassia, citado pelo Correio da Manhã, o edifício foi esboçado em Paris, em 2009, e este sonhava “construir este projecto há mais de uma década”.

“Tem todos os ingredientes de um ícone de que todos se lembrarão. Só precisava de um investidor visionário e de um local adequado para o tornar realidade”, acrescentou.

Após a sua conclusão, este será o segundo edifício mais alto de África, atrás da Torre Icónica, no Egipto, que será concluída no próximo ano e terá 80 andares.

Actualmente, o edifício mais alto do continente é o Leonardo, com 55 andares, localizado num subúrbio de Joanesburgo, na África do Sul.

Famosa pelas suas águas turquesa e plantações de especiarias, Zanzibar depende fortemente do turismo, um sector atingido de forma dura pela pandemia de covid-19.

Partilhar este artigo