O candidato presidencial do PODEMOS, Venâncio Mondlane e o actual edil do Município da Beira, em Sofala, Albano Carige recorreram ao Facebook para dizerem que estão a ser alvos de ameaças de morte.
As denúncias acontecem numa altura em que é esperado na segunda-feira (23), o posicionamento do Conselho Constitucional (CC) sobre os resultados eleitorais de Outubro passado.
De acordo com uma publicação da DW, Venâncio Mondlane, publicou nas redes sociais um texto contundente que descreveu como “O Meu Testamento”, denunciando alegadas perseguições políticas, violência policial e para depois chamar de “terr@rismo de Estado”.
“Vivo cruzando fronteiras, em constante e permanente perigo, pairando sobre a minha cabeça um mandado internacional de busca e captura”, escreveu o candidato presidencial do PODEMOS.
Mondlane afirmou ainda estar sob pressão de figuras influentes que lhe ofereceram privilégios em troca de silêncio. “Pessoas cuja dimensão e poder é suficiente para me fazer desaparecer com um simples sopro […] aconselham-me a aceitar, em silêncio, os estragos que serão causados pelos explosivos que sairão da boca da Professora Lúcia no dia 23 de Dezembro”, disse.
Por sua vez, Albano Carige revelou a existência de um alegado mandado de morte contra si, apontando um membro da polícia e outras pessoas ligadas ao partido no poder, a Frelimo, como responsáveis.
Ambos os políticos apelaram à luta pela verdade e liberdade no País. Mondlane concluiu o seu texto com um grito de resistência: “Este País é nosso. Salve Moçambique!”
As acusações surgem num contexto de tensões crescentes, com relatos de repressão a manifestações populares e denúncias de irregularidades nas eleições recentes. Até ao momento, as autoridades moçambicanas não se pronunciaram sobre as graves alegações.
(Foto DR)
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