UNECA propõe projecto para desenvolvimento acelerado de África

A Secretária Executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Vera Songwe, apelou à criação de uma Rede Africana de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia, para estimular a inovação e acelerar o desenvolvimento no continente.

O repto foi lançado, na última semana, na abertura do 4.º Fórum Africano de Ciência, Tecnologia e Inovação (STI) em Kigali, Ruanda.

Considerou que, um fórum africano de desenvolvimento e transferência de tecnologia poderia identificar tecnologias emergentes, antecipar necessidades e encorajar a partilha de conhecimentos em todo o continente, pois estaria no centro da difusão de tecnologias para as Pequenas e Médias Empresas (PME) do continente.

“Precisamos construir bases científicas, tecnológicas e de inovação sólidas para permitir que a STI produza resultados. Como temos testemunhado recentemente, muitos dos nossos países precisavam de apoio para desenvolver capacidades para testar a Covid-19”, disse Songwe.

Justificou que, com o colapso da cadeia de fornecimento global, a dependência excessiva de África no que diz respeito a equipamento médico importado, deixou o continente vulnerável em muitos aspectos e forçado a inovar.

O Fórum Africano de STI é um evento colaborativo multilateral sobre ciência, tecnologia e inovação para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecido de acordo com a Agenda 2030, como parte do Mecanismo de Facilitação Tecnológica.

O mecanismo foi estabelecido no âmbito da agenda de acção de Addis Abeba e foi lançado pela Agenda 2030 para apoiar na implementação dos ODS e é organizado pela equipa de trabalho inter-agências sobre ciência, tecnologia e inovação das Nações Unidas para os ODS.

O Ministro da Educação de Ruanda, Valentine Uwamariya, explicou que a congregação de algumas das melhores e mais experientes mentes de África encontrará formas, através das quais o continente poderá usar a ciência e tecnologia para atingir estes objectivos em menos de uma década.

O director regional da UNESCO para a África Oriental, Hubert Gijzen, enfatizou a importância da colaboração “Precisamos da cooperação entre países para a Ciência Aberta. Foi por isso que a UNESCO lançou o Primeiro Quadro Internacional de Ciência Aberta que 193 estados membros aprovaram”, disse.

A reunião STI tem lugar à margem do oitavo Fórum Regional Africano sobre Desenvolvimento Sustentável (ARFSD8) – uma plataforma anual de múltiplas partes interessadas organizada pela CEA e pelo Governo de Ruanda em colaboração com a Comissão da União Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento e outras entidades dos sistemas das Nações Unidas.

O ARFSD8 decorreu na última semana, com o tema “Construir melhor: Uma África verde, inclusiva e resiliente, preparada para alcançar a Agenda 2030 e a Agenda 2063”.

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