Turquia consegue vitória na ‘guerra dos cereais’ no conflito Rússia-Ucrânia

Turquia consegue vitória na ‘guerra dos cereais’ no conflito Rússia-Ucrânia

O Ocidente está a fazer todos os esforços para manter a área alimentar fora dos pacotes de sanções que tem imposto à Rússia por causa da invasão da Ucrânia, considerando que esta é a única forma de impedir uma ainda maior escassez de bens alimentares – que já está a afectar, segundo a ONU, cerca de 270 milhões de pessoas em todo o mundo, mais do dobro do que verificava no final de 2021.

A assinatura, da última sexta-feira, de um acordo para desbloquear a venda de cereais ucranianos nos mercados internacionais era o centro dessas preocupações.

“A cerimónia de assinatura do acordo para a exportação de cereais, na qual estarão presentes o presidente Recep Tayyip Erdogan e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, será realizada esta sexta-feira com a participação da Ucrânia e da Rússia”, confirmou o gabinete presidencial turco citado pelo jornal Económico.

A Ucrânia e a Rússia assinaram na sexta-feira acordos separados com a Turquia e a ONU para desbloquear a exportação das toneladas de cereais actualmente bloqueadas nos portos do mar Negro.

Numa cerimónia realizada no Palácio Dolmabahçe, na cidade turca de Istambul, com a parceria da Turquia e da ONU, foram assinados dois documentos – já que a Ucrânia recusou assinar o mesmo papel que a Rússia – devendo o acordo vigorar durante quatro meses, sendo, no entanto, renovável.

Especificamente, o acordo permitirá que navios de carga exportem de três portos ucranianos – Odessa, Pivdennyi e Chornomorsk – cerca de 22 milhões de toneladas de trigo, milho e outros cereais armazenados em silos.

O acordo de Istambul inclui ainda um documento relativo à exportação de produtos agrícolas e fertilizantes russos.

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