Treinador português detido em Maputo já partiu para Lisboa

Treinador português detido em Maputo já partiu para Lisboa

O treinador português de atletismo Alberto Lário saiu, na sexta-feira, de Maputo para Lisboa, quase três semanas após ter sido detido pelas autoridades por irregularidades na sua documentação, segundo fonte do Serviço de Migração de Moçambique.

“O seu voo partiu por voltas das 06:00”, disse Felizardo Jamaca, porta-voz do Serviço de Migração de Moçambique, na cidade de Maputo.

O treinador foi detido no dia 19 de Julho, por existirem irregularidades na sua documentação.

Segundo as autoridades, Alberto Lário estava em situação de irregularidade desde 2019, quando expirou a validade do seu Documento de Identificação de Residentes Estrangeiros (DIRE).

Poucos dias depois da sua detenção, Alberto Lário foi internado no Hospital Militar de Maputo após testar positivo para covid-19.

O seu regresso a Portugal estava refém do seu estado de saúde e depois de ter sido submetido a um novo teste para covid-19, que deu negativo, foram encetadas diligências para a conclusão do processo para o seu repatriamento.

Alberto Lário pagou uma multa de cerca de um milhão de meticais, abrindo espaço para que, se fosse da sua vontade, voltasse para Moçambique depois de regularizar a sua situação junto das entidades diplomáticas moçambicanas em Portugal.

Alberto Lário, que nasceu em Moçambique e saiu do país muito novo, tem há mais de seis anos um pedido de nacionalidade “pendente”, mas o Serviço de Migração de Moçambique considera que o técnico deveria ter levantado a questão junto das autoridades às quais submeteu o requerimento, acrescentando não existir nenhuma prova deste pedido.

A detenção do treinador gerou uma onda de indignação entre os atletas moçambicanos, que decidiram organizar, na altura, uma marcha até ao edifício do Serviço de Migração de Moçambique, exigindo a libertação do “coach Lário”, como é popularmente conhecido em Moçambique.

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