Os transportadores de passageiros “chapa” paralisaram as actividades, desde as primeiras horas desta segunda-feira, nas cidades de Maputo e Matola, em protesto ao último reajuste dos preços de combustíveis.
Nos terminais do Zimpeto, Albazine, Magonine e Praça dos Combatentes os carros estão estacionados, alguns sem a presença dos motoristas e cobradores. Os que fizeram as primeiras viagens para o centro da cidade apenas foram permitidos retornar para os terminais fora da zona de cimento. Do lado da cidade da Matola os autocarros da empresa municipal mantiveram-se na garagem.
A baixa da cidade de Maputo está quase ‘às moscas’ segundo uma fonte do MZNews que, saindo da cidade da Matola, chegou à baixa de Maputo graças a uma boleia.
As paragens estão sobrelotadas e algumas pessoas só conseguem entrar para o centro da cidade subindo carros particulares cujos motoristas cobram pela viagem cerca de 70 meticais por pessoa.
Imagens a que tivemos acesso mostram a Estrada Nacional Número 1 (EN1) bloqueada por barricadas à saída do terminal do Zimpeto, nos sentidos de acesso e saída da cidade de Maputo.
Em alguns terminais há um contingente da Polícia da República de Moçambique (Polícia de Protecção e da Unidade de Intervenção Rápida) devidamente armado e da Polícia Municipal.
Estão também em greve os transportadores de “carrinhas escolares”, que já haviam avisado aos encarregados de educação a possibilidade de ocorrência dessa situação, que também paralisa actividades escolares.
Enquanto isso, os carros das instituições de Estado para a recolha de funcionários estão a circular. E o que se vê nas ruas são trabalhadores de instituições privadas retornaram para suas casas, a pé.
Ainda não se sabe até quando a situação vai prevalecer, mas para já não há nenhum pronunciamento do Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, que após tomar de posse prometeu melhorar o sector. Algumas associações dos transportadores já estão reunidas para encontrar uma forma de resolver a situação.
Só este ano o preço dos combustíveis subiu três vezes. O último reajuste entrou em vigor no último sábado (02), depois de um anúncio feito, na sexta-feira (01), pela Autoridade Reguladora de Energia (Arene).
A gasolina subiu de 83,30 meticais por litro para 86,97 meticais e o gasóleo passou de 78,97 meticais para 87,97 meticais por litro. O gás de cozinha registou a maior subida, passando de 85,53 para 102,2 meticais por quilo, mais 19,5%.
O gás veicular aumentou de 40,57 para 43,73 meticais e o petróleo de iluminação subiu de 71,48 meticais para 75,58 meticais por litro.
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