Total garante o pagamento de “valores pendentes” às PME

A Total assegurou ao Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, o pagamento de “valores pendentes” às pequenas e médias empresas contratadas no projecto de gás natural em Cabo Delgado, disse esta quarta-feira à Lusa fonte do executivo de Maputo.

A petrolífera francesa deu as garantias durante um encontro na segunda-feira em Paris entre o chefe de Estado e o presidente da Total, Patrick Pouyanné, no âmbito da visita de trabalho que Filipe Nyusi realiza a França.

“A Total assegura o pagamento de valores pendentes com pequenas e médias empresas moçambicanas contratadas no âmbito da implementação do projecto Golfinho/Atum”, disse à Lusa fonte do Governo, que acompanhou a reunião.

Moçambique e Total reafirmaram ter objectivos comuns no projecto de desenvolvimento de gás natural na província de Cabo Delgado, norte do país.

“Estamos a trabalhar com o suporte de vários países amigos para uma melhor capacitação das nossas forças armadas e para dispormos de melhores condições logísticas e de informação de inteligência” para travar a acção de insurgentes em Cabo Delgado, avançou a fonte.

Na reunião com Filipe Nyusi, a Total manifestou o compromisso de retoma do projecto de gás natural “assim que as condições de segurança estiverem repostas”.

A Total suspendeu as actividades no projecto de exploração de gás natural em Afungi, após ataques por grupos armados no dia 24 de Março, activando depois a cláusula “força maior” nas relações contratuais com os seus parceiros no empreendimento.

Em declarações aos jornalistas na segunda-feira em Paris, o chefe de Estado afirmou que a Total vai regressar a Moçambique quando tudo “estiver calmo”, referindo-se ao conflito armado no norte do país, após se ter reunido com o presidente da administração da petrolífera.

“A Total pode exigir que haja tranquilidade e haja paz para desenvolver os seus projetos económicos. […] Tem ajudado em termos de responsabilidade social, com hospitais e escolas, ajudaram na distribuição de água à população. [A Total volta] Quando estiver calmo”, assegurou o Presidente moçambicano, em declarações aos jornalistas.

No encontro de segunda-feira, o presidente do Conselho de Administração da Total disse que a empresa tinha vivido uma situação “dramática”.

“Claro que enfrentámos em Cabo Delgado, em Palma, uma situação dramática, recentemente, então tivemos de tomar decisões”, nomeadamente “não manter pessoal em Afungi”, disse, acrescentando que a empresa tem “plenamente” confiança no Governo moçambicano para apaziguar a região.

“Assim que Cabo Delgado volte a ter paz, a Total voltará”, garantiu o CEO da petrolífera francesa.

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