Titanic: Os detalhes (fascinantes) pouco conhecidos sobre o desastre

O RMS Titanic foi, na altura da sua inauguração, considerado o maior objecto móvel alguma vez criado pela humanidade. Com 263 metros de comprimento esta embarcação era considerada incapaz de afundar. No entanto, contra todas as previsões, o navio embateu num iceberg na noite de 14 de Abril de 1912, acabando por afundar e terminar a vida de milhares de pessoas.

Segundo o portal, “Forever young”, apesar de todos os avisos que haviam sido transmitidos nessa noite, o navio navegava à sua velocidade máxima (23 nós). Numa noite replecta de nevoeiro, a tripulação só foi capaz de avistar o iceberg 30 segundo antes do impacto, não permitindo assim nenhuma correcção de emergência.

Este embate causou criou uma enorme fissura lateral ao longo do casco do navio, inundado cinco compartimentos. O design do navio apenas estava preparado para suster uma inundação de quatro compartimentos, no máximo. Até hoje, muitos especialistas acreditam que o navio não teria afundado se o choque tivesse sido simplesmente frontal, na popa.

Em apenas duas horas e meia todo o navio afundou, trazendo consigo para o fundo do mar gelado milhares de vidas humanas. Apenas 705 pessoas sobreviveram. Mais de 1 500 morreram.

Após este pequeno resumo, descubra agora alguns detalhes fascinantes da história do navio, explicados pelo portal History Extra.

Onde foi construído o Titanic?

Este navio foi construído na cidade de Belfast, mais propriamente em Queen`s Island (o centro da indústria de construção de embarcações). Em meados do séc. XIX esta cidade havia sido transformada num dos maiores centros de construção, tendo sido responsável pela criação de mais de 1 700 navios.

Mais de 3 000 pessoas trabalharam na construção do Titanic, tendo este sido igualmente desenhado por um atelier em Belfast. Este foi o segundo navio de 3 embarcações Olimpic-class que foram encomendadas pela White Star Line, entre 1908 e 1914.

O entretenimento a bordo era assegurado por um jornal diário e uma banda musical

O Titanic tinha o seu próprio jornal diário: o The Atlantic Daily Bulletin. Impresso diariamente, esta publicação continha diversas notícias, informações sobre a Bolsa de Valores, resultados de corridas de cavalos, assim como o menu diário de almoço e jantar.

Na embarcação actuava, também diariamente, uma banda musical que decorou mais de 350 músicas para entreter os passageiros da 1ª classe. Tal como seria mais tarde recordado, mesmo quando o navio se estava a afundar, nenhum dos membros parou de actuar, na tentativa de acalmar os passageiros.

A última refeição servida incluía filet mignon e pombo

Na noite de 14 de Abril de 1912, poucas horas antes do embate, foi servido o jantar com mais de 11 pratos aos passageiros da 1ª classe. Infelizmente para muitos deles, esta seria a última refeição das suas vidas.

Ostras, filet mignon, salmão fumado, foie gras e pombo assado, foram apenas algumas das iguarias encontradas nos menus que as equipas de resgate descobriram ainda intactos após o desastre. A cozinha do Titanic era composta por 113 cozinheiros, 15 chefs, 12 chefs de sobremesas, 5 sous chefs, 6 pasteleiros e 5 talhantes.

Porque é que o SS Californian não respondeu ao pedido de socorro do Titanic?

Centenas de vidas poderiam ter sido salvas se o capitão do SS Californian tivesse tomado uma decisão diferente. Estacionado junto à costa devido ao risco de icebergs, este navio estava apenas a algumas milhas do local onde o Titanic acabou por afundar.

O responsável pelo rádio do navio estava a dormir quando os alertas começaram a ser emitidos. No entanto pouco depois a tripulação do SS Californian avistou os sinais de fumo branco disparados pelo Titanic. O capitão, Stanley Lord, desvalorizou os alertas e considerou que se tratavam apenas de comunicações entre navios da mesma linha de cruzeiros. Como tal decidiu não socorrer.

Foi apenas na manhã seguinte, quando o rádio se voltou a ligar, que se aperceberam do erro trágico que haviam cometido. Apesar de não ter sido condenado por este comportamento, a carreira do Capitão Lord jamais seria a mesma após este incidente.

O famoso (e inadequado) número de botes salva-vidas não infringia nenhuma regra

Após o desastre, muitos foram os inquéritos que procuram identificar as causas do acidente e os principais culpados. Concluíram que a companhia White Star Line não terá sido negligente. Esta apenas teve que pagar algumas coimas menores como forma de terminar alguns processos judiciais.

Tendo sido originalmente desenhado para transportar 64 botes salva-vidas, o Titanic apenas levava 20 na sua viagem inaugural. Este número, como se viria a verificar, era absolutamente incapaz de salvar todos os 2 200 passageiros.

Apesar do número reduzido de botes salva-vidas que seguiam na embarcação, a verdade é que esse número não quebrava nenhumas regras ou regulamentação. Esta situação acabou por originar uma revisão dos estatutos e das regras que todos os navios teriam que cumprir daí em diante.

Partilhar este artigo