A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), considerou nesta quarta-feira, que a guerra em Cabo Delgado e a pandemia de covid-19 foram os principais desafios enfrentados pelo empresariado moçambicano em 2021.
Segundo o presidente da CTA, Agostinho Vuma, a situação de insegurança na província de Cabo Delgado e a suspensão das actividades da Total Energies influenciaram, sobremaneira, o desempenho empresarial ao longo do ano.
Numa mensagem sobre o balanço deste ano, Vuma avançou que a guerra em Cabo Delgado afectou cerca de 410 empresas, 38 das quais tinham pagamentos pendentes devido à declaração da cláusula de “força maior” pela multinacional francesa Total, na sequência da violência naquela província.
Por outro, a pandemia de covid-19, levou à perda de emprego e à queda ou estagnação nos negócios.
“Em 2021, o desempenho empresarial continuou sendo afectado, de forma significativa, pelas restrições impostas no âmbito da prevenção e contenção da propagação da pandemia de covid-19, enumerou Vuma.
Entretanto, o empresariado considera igualmente, que algumas medidas administrativas também criaram obstáculos ao ambiente de negócios.
“Algumas reformas realizadas ao longo do ano de 2021 contribuíram, negativamente, para o desempenho do sector empresarial, com destaque para a recente introdução do Regulamento de Selagem de Bebidas Alcoólicas e Tabaco Manufaturado, que se afigura desajustada à realidade do setor empresarial”, sublinhou Vuma.