Empresas da Província de Cabo Delgado pedem ao governo para que interceda junto das instituições credoras perdão total da dívida fiscal, uma vez que muitas empresas foram afectadas pelas acções terroristas.
O pedido foi feito, na tarde desta sexta-feira, na cidade de Pemba, ao Primeiro-ministro, num encontro com o Conselho Empresarial Provincial.
Dados apresentados pelo Muamudo Irage, residente daquela organização económica apontam que pouco mais de 4500 unidades empresariais foram severamente afectadas e com proprietários encontrando-se descapitalizados.
“Nas zonas afectada pelo terrorismo, as empresas deixaram de cumprir com as suas obrigações fiscais, pois já não tinham como exercer as suas actividades”, disse Muamudo Irage citado pela RM.
Por outro lado, “não declaram a falência e hoje querem retomar as suas actividades. Sugerimos que V EXcia conceda perdão total da dívida fiscal e como forma de encorajamento reduzir os impostos no período 2023/2026”, acrescentou.
Por seu torno, o primeiro-ministro, Adriano Maleiane recomendou a classe empresarial a não ver a banca como única fonte de obtenção de financiamentos.
Saudou os agentes económicos da província de Cabo Delgado pela resiliência face às adversidades.
“Vocês são heróis porque uma empresa que funciona está a fazer o seu máximo e é nosso dever como estado, naquilo que temos de fazer, não piorar esse vosso esforço, a situação. Vocês não ficaram parados. Fui ver Palma agora e o comércio está a andar e as coisas estão a acontecer”, afirmou.
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