O cérebro é um dos órgãos mais poderosos do ser humano. Nesse sentido, a DARPA começou a trabalhar em câmaras que o imitam, trabalhando com baixa potência, de forma a potencializar o processamento de dados.
Segundo a Sapo24, o programa destina-se a melhorar aplicações militares, como veículos autónomos, robótica, entre outros.
A tecnologia associada às câmaras tem vindo a desenvolver muito, ao longo dos anos. Além dos cientistas que conseguem recolher imagens cada vez mais precisas do espaço e enviá-las para a Terra, também a capacidade das câmaras tem vindo a registar uma forte evolução positiva. Afinal, são conseguidas fotografias com muita qualidade captadas por máquinas que tendem a ser mais pequenas.
O que a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) está a tentar fazer é ultrapassar a capacidade do olho humano. Ou seja, tem equipas a trabalhar no sentido de desenvolver câmaras que processam imagens da mesma forma que o cérebro humano.
Conforme avança a DARPA, os humanos têm uma capacidade excecional para processar imagens. Isto, porque o cérebro optimizou o processo, detectando e sinalizando quando algo se altera. Por sua vez, as câmaras que, para já, se utilizam estão a processar mais dados e a consumir mais energia, ao passo que continuam a carecer de inteligência para localizar objectos se os fundos mudarem ou se tornarem desorganizados.
Portanto, a DARPA pretende replicar o processo inerente ao cérebro, através de um programa chamado Fast Event-based Neuromorphic Camera and Electronics (FENCE). Este que pretende desenvolver câmaras neuromórficas – verosímeis ao cérebro – que captem eventos, através da transmissão de informação, apenas sobre os pixels que se alteraram. Desta forma, a quantidade de dados a ser processada ver-se-á drasticamente reduzida, assim como os atrasos de transmissão dos mesmos e o consumo de energia durante todo o processo.
“O objectivo é desenvolver um sensor inteligente que possa reduzir a quantidade de informação que é transmitida a partir da câmara, reduzindo os dados a considerar apenas os pixéis mais relevantes”, disse o gestor do programa, Whitney Mason.
O programa que imitará o cérebro implicará uma matriz de plano focal infravermelha, baseada em eventos, que captará os sinais e transmiti-los-á. Para isso, será necessária uma nova classe de algoritmos de processamento e aprendizagem de sinais digitais, por forma a facilitar o funcionamento dos sensores capazes de lidar com eventos dinâmicos.