Os sul-africanos saíram às ruas, esta quarta-feira, nas nove províncias da África do Sul, para protestar contra o elevado custo de vida. Eles exigem que o Governo aumente o salário mínimo para 12.500 rands, cerca de 47.250,00 meticais, no câmbio actual.
A greve-geral, que se pretende pacífica, foi convocada por dois grupos sindicais de elevada expressão no país. Cantando música de libertação do país, milhares de pessoas marcharam em direcção ao gabinete do presidente, exigindo reduções nos preços.
VIDEO | Some marchers here in Burgers Park in Pretoria, singing a song that says ‘workers let’s unite, we’ve been working for nothing for far too long’. #NationalShutdown #SabcNews pic.twitter.com/B3sF9hrGVF
— Tshepiso Moche (@tshepimoche) August 24, 2022
Segundo o presidente da União Geral dos Trabalhadores da Indústria da África do Sul, Mametlwe Sebei, o aumento do salário mínimo vai permitir que a maior parte da população tenha uma vida condigna.
Sebei ainda disse que 75% dos trabalhadores sul-africanos ganham menos de 5.800 rands (22.000,00 meticais) e que a maioria dos trabalhadores não pode pagar alimentos básicos e transporte devido aos baixos salários que empurraram muitos para a fome.
De acordo com as estatísticas, 34,4% da população sul-africana de 60 milhões está desempregada, o que se traduz em cerca de 7,8 milhões de pessoas.
A inflacção atingiu quase 8% – a mais alta em 13 anos – e cerca de um terço dos sul-africanos estão desempregados.
Em Março, um relatório do Banco Mundial descreveu a África do Sul como o país “mais desigual” do mundo, entre 164 avaliados, com a raça a desempenhar um factor determinante.
O relatório dizia que apesar de três décadas após o fim da regra das minorias brancas, Apartheid, 10% da população branca da África do Sul ainda detém 80,6% dos activos financeiros do país.
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