O ciclone Chido matou pelo menos 120 pessoas em Moçambique durante a sua passagem mortal pelo Oceano Índico na semana passada, informou esta segunda-feira (23), o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique, aumentando o número anterior de 94 mortos.
O ciclone, que devastou o território insular francês de Mayotte antes de atingir o continente africano, também destruiu 110 mil casas em Moçambique, segundo as autoridades.
Este fenómeno ocorre no momento em que Moçambique se ressente de uma crise pós-eleitoral mortífera .
De acordo com a AFP, depois de atingir a costa, a tempestade assolou a província de Cabo Delgado, no norte do país, com rajadas de cerca de 260 quilómetros por hora e 250 milímetros de chuva num dia.
Esta parte do norte de Moçambique é regularmente assolada por tempestades tropicais e luta contra a agitação causada por uma insurreição islâmica desde 2017.
Mais de 500 mil dos 620 mil moçambicanos afectados pela tempestade – que, segundo os especialistas, se tornou mais intensa devido às alterações climáticas provocadas pelo homem – estão concentrados em Cabo Delgado.
No distrito de Mecufi, duramente atingido, uma mesquita ficou com o telhado destruído pelo vendaval, como se pode ver nas imagens tiradas pela UNICEF.
(Foto DR)
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