Sociedade civil responsabiliza partidos pelos ilícitos na campanha para as eleições

Sociedade civil responsabiliza partidos pelos ilícitos na campanha para as eleições

A Plataforma DECIDE, uma organização da sociedade civil, está preocupada com os ilícitos eleitorais que se registam no âmbito da campanha rumo às eleições gerais de 9 de Outubro. Por outro lado, esta organização de observação eleitoral moçambicana aponta os partidos políticos como sendo os principais culpados desta situação.

Num balanço dos 25 primeiros dias da campanha eleitoral, o coordenador e activista da Plataforma DECIDE, Wilker Dias, levantou preocupações com o decurso do processo de caça ao voto, invocando nomeadamente o envolvimento de crianças neste processo. Denúncias já anteriormente feitas por outras organizações da sociedade civil no decurso desta campanha.

“Temos verificado ilícitos ao longo de todo este processo, temos províncias que são campeãs em ilícitos, uso de bens do Estado para fins de campanha eleitoral, mas também o índice de violência como podemos elencar, a província de Nampula que tem sido um dos epicentros para todos estes aspectos”, disse o activista Wilker Dias, numa publicação da Rádio France Internacional (RFI).

Na mesma publicação, Wilker Dias apontou culpados pelo que está acontecer, num processo de campanha eleitoral em que a actuação da polícia tem sido, a seu ver, sem igual.

“Há uma pequena falta de capacitação por vezes, internamente por parte dos partidos políticos para poderem fazer face a essas problemáticas que temos verificado anos após ano. Nós verificamos uma polícia com comportamento exemplar. Sempre presente naquelas que são as marchas, sempre presentes em situações em que são chamadas, até para poder evitar alguns conflitos”, considerou o coordenador da Plataforma DECIDE.

A campanha eleitoral iniciada a 24 de Agosto decorre até 6 de Outubro. Três dias depois, a 9 de Outubro, mais de 17 milhões de eleitores vão ser chamados às urnas para eleger o Presidente da República, os governadores provinciais e os deputados para a Assembleia da República.

 

(Foto DR)

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