O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), na Cidade de Maputo, apresentou, esta terça-feira, dois cidadãos suspeitos de estarem envolvidos em crimes de rapto.
Trata-se de dois indivíduos moçambicanos de 42 e 45 anos de idade detidos no seguimento do rastreio dos raptos ocorridos no ano passado, segundo a corporação.
“Os dois indivíduos foram constituídos arguidos e detidos sob mandado de captura por envolvimento nos crimes de rapto ocorridos no ano passado, concretamente nos dias 11, 13 e 26 de Abril, 7 de Outubro e 22 de Dezembro”, explicou o porta-voz do Sernic, Hilário Lole.
Trata-se de dois raptos ocorridos no bairro do Alto-Maé, um no Consulado Português, outro recinto do Campus da Universidade Eduardo Mondlane, e o último nas proximidades da Paróquia do Santo António da Polana, na cidade de Maputo.
Mais ainda, os dois cidadãos já eram procurados pelos crimes de roubo de viaturas e furto por via de arrombamento.
“As viaturas eram furtadas na África do Sul e vendidas em várias regiões ao nível da África Austral”, vincou.
Referiu que existe ainda um cadastro policial em cinco processos sobre o seu envolvimento em vários tipos legais de crime.
Assegurou que neste momento, diligências prosseguem para a neutralização dos mandantes já identificados e trazê-los para a sua responsabilização criminal pela prática destes actos.
A fonte apelou à sociedade para que continue a colaborar com as entidades de justiça na denúncia de qualquer crime ou outras acções.
No entanto, os detidos negam a sua participação nos actos em que são acusados.
“Não estou envolvido em nenhum grupo ligado aos raptos. Vieram-me buscar em casa alegando que ando a sequestrar, mas não sei nada disso”, defendeu-se um dos indiciados.
O outro suposto sequestrador também nega o seu envolvimento no caso de rapto, mas confirma ser comprador de viaturas roubadas na vizinha África do Sul.
“Sobre os raptos não sei, pois mesmo na data em que ocorreu um dos casos de que me acusam eu estava na África do Sul para adquirir viaturas. Sou vendedor de carros roubados sim, mas não sequestrador”, assumiu.
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