“Seguradoras devem criar serviços para cobrir a população de baixa renda” – Amílcar Tivane

“Seguradoras devem criar serviços para cobrir a população de baixa renda” – Amílcar Tivane

O vice-ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, desafiou as companhias de seguros que operam no país a criarem serviços inclusivos, de modo a cobrir a população de baixa renda.

De acordo com o vice-ministro, que falava, quarta-feira, em Maputo, na 2.ª Conferência Anual de Seguros, subordinada ao tema “seguros em tempos de mudança”, o mercado segurador tem registado um crescimento notável nos últimos anos, mas há necessidade de criar serviços inclusivos para a população de baixa renda.

“É necessário criar produtos e serviços destinados às populações de baixos rendimentos. O desafio do sector segurador talvez seja optimizar o advento das tecnologias de informação e comunicação para melhorar o acesso a segmentos populacionais que estão em regiões mais remotas, mas que contribuem muito para o produto interno bruto do país”, afirmou Tivane, citado pela AIM.

Não obstante, o governante revelou que, em 2023, o sector gerou mais 21,4 mil milhões de meticais, o que representa dois por cento quando comparado com o valor de 2022.

Segundo Amílcar Tivane, actualmente, o sector abrange 19 seguradoras, três microsseguradoras, oito organizações gestoras de fundos de pensão, 158 corretores e 31 agentes.

“Actualmente, 17% da população moçambicana tem acesso a serviços financeiros e o sector de seguros desempenha um papel importante no crescimento gradual da população com acesso a serviços. Estas empresas devem incluir também as pequenas e médias empresas, de modo a promover espaços de micro-seguros no país”, frisou a fonte, defendendo que a legislação precisa ser aprimorada para lidar com os novos riscos, principalmente os ligados às mudanças climáticas.

Entretanto, na mesma ocasião, o presidente do Conselho de Administração da Associação Moçambicana de Seguros, Ruben Chivale, destacou que o mercado segurador deve adaptar-se aos novos desafios, sobretudo no que diz respeito às alterações climáticas, transição energética, inteligência artificial e conflitos internacionais.

Chivale revelou que até Setembro, o sector vai realizar um estudo do mercado segurador que vai, pela primeira vez, avaliar o contexto macroeconómico e os indicadores que têm impacto na actividade seguradora em Moçambique.

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