Associação dos Produtores e Importadores de Bebidas alcoólicas queixa-se de perdas avultadas resultantes das restrições impostas pelo Governo por conta da pandemia da COVID-19. A agremiação apela para o alargamento do horário de funcionamento dos botles stores, abertura de barracas e de outros locais similares.
O mercado moçambicano consome, anualmente, 300 milhões de litros de cerveja. Do ano passado a esta parte o consumo caiu 100 milhões de litros, ou seja, para cerca de 200 milhões de litros, devido às restrições impostas para a prevenção da COVID-19.
Quem o diz é a Associação dos Produtores e Importadores de Bebidas Alcoólicas , que esta segunda-feira manifestou a preocupação à imprensa.
A associação diz, ainda, que 23 mil pessoas se encontram afectadas com esta situação das restrições, onde há perda de postos de trabalho. Sustenta a afirmação olhando para milhares de barracas encerradas em todo país, as discotecas e outros locais de diversão nocturna que, neste momento, não funcionam em cumprimento as orientações contidas no decreto 24/2021 de 26 de Abril.
“O nosso intuito acima de tudo é fazermos uma reflexão, e apelar para que os sectores que mencionamos como Botle Store, os armazéns, os supermercados possam operar dentro daquilo que é o horário estabelecido, normalmente, para a actividade económica, ou seja, das 09 as 18 horas, esse é o principal intuito por forma a garantir empregos e a contribuição fiscal”, apelou Francisco Júnior, presidente da associação.
A Associação dos Produtores e Importadores de Bebidas Alcoólicas considera, também, que foi excluído na última comunicação à Nação que determinou a reabertura de alguns sectores e manteve o encerramento das barracas e bares, bem como as quatros horas de funcionamento dos botles stores e áreas similares.
“Notamos que, neste último decreto, houve exclusão de um sector vital, o sector de botles stores, o sector de armazéns, mercearias e supermercados, especificamente, naquilo que é a venda de bebidas alcoólicas. Ora vejamos, os sectores que eu mencionei, anteriormente, são sectores que visam essencialmente a venda para o consumo em casa e não a venda no local, portanto, a venda, nesses locais, tem o intuito do consumo responsável no local de residência de cada um e já não incentiva o consumo nos locais de venda”, disse Francisco Júnior.
O cenário está a propiciar, igualmente, o recrudescimento do comércio ilícito no sector de bebidas, porque segundo argumenta a associação, no actual horário das nove às 13 não se faz negócio de bebidas alcoólicas.
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