Sanções à Rússia representam declarações de guerra, diz Putin

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, comparou, este sábado, as sanções impostas ao seu país com declarações de guerra, e advertiu que haverá “consequências colossais não só para a Europa, mas também para todo o mundo” se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) criar uma zona de exclusão aérea.

“As sanções que estão a impor contra a Rússia são como uma declaração de guerra”, disse Putin durante uma reunião com membros femininos da tripulação de voo das companhias aéreas russas.

“Começamos a falar cada vez mais activamente sobre a possibilidade de a Ucrânia ser aceite na NATO. Entendem ao que isso pode levar?”, questionou o líder russo.

A sanções impostas por vários países, organizações e até empresas e marcas vão desde o congelamento dos activos do Banco Central russo, à exclusão de bancos russos do sistema financeiro internacional, o Swift, ao corte de bancos russos com o sistema Swift ou o bloqueio de contas de oligarcas, passando pelo fim das extradições para aquele país ou até pela expulsão do país das ligas europeias de futebol.

Apesar de contar com as sanções, Putin admitiu, na ocasião, que a decisão de avançar para Ucrânia e tomar Kiev “foi muito difícil”.

“Disse isto no início da operação e disse-o antes de esta decisão ter sido tomada. Uma decisão difícil, sem qualquer dúvida”, assumiu Putin.

No entanto, Putin garantiu que as forças russas praticamente eliminaram a infraestrutura militar da Ucrânia nos 10 dias de intervenção armada naquele país.

“A primeira coisa que eles [os militares russos] fizeram foi destruir toda a infraestrutura militar. Bem, não tudo, mas parcialmente, principalmente armazéns com armas, munições, aviação, sistemas de defesa antiaérea. Destruir os sistemas de defesa aérea leva um certo tempo: é preciso encontrá-los e depois atacá-los. Mas este trabalho está praticamente concluído”, descreveu o Presidente russo.

Putin também destacou que as propostas da Rússia para uma solução para este conflito com a Ucrânia estão na mesa de negociações e disse esperar que obtenham respostas positivas.

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