A República Democrática do Congo (RDC) vai iniciar, em breve, a construção da maior barragem hidroeléctrica do mundo avaliada em 80 mil milhões de dólares americanos.
O projecto “Grand Barragem de Inga/Grand-Inga” vai situar-se ao longo do curso de água do Rio Congo – o segundo maior e mais profundo do mundo. Sua descarga de água é 10 vezes maior do que a do Rio Nilo.
Quando estiver operacional, a infraestrutura terá a capacidade para gerar até 40 GW de energia eléctrica, capaz de fornecer energia para quase metade do continente africano.
A Barragem de Inga terá mais do dobro da actual maior barragem do mundo, a usina de Três Gargantas, na China.
Contudo, porque o Congo por si só carece de recursos para implementar o projecto, países como a África do Sul e a Nigéria já manifestaram interesse em participar financeiramente do plano em troca de energia.
O projecto hidroeléctrico do Grand-Inga tem como objectivo alcançar um nível de produção acima de 100 gigawatts de “electricidade verde”.
Em 2021 foi anunciado que o grupo Fortescue Metals, do bilionário australiano Andrew Forres, foi escolhido pelo Governo da RDC para executar o projecto de extensão da barragem do Grand-Inga.
A construção da infraestrutura poderá provocar o deslocamento de mais de 30 mil pessoas, além de afectar a vida selvagem na região.
As Cataratas Inga são conhecidas por sua extensão e força. Com uma queda de quase 100 metros ao longo de 15 quilômetros, elas representam uma das maiores fontes de energia hidráulica do mundo. Especialistas estimam que poderiam gerar até 40 GW de energia, quase 50 vezes o consumo atual de energia da RDC.
A mega-barragem da RDC tem o potencial para transformar o continente africano, fornecendo uma fonte de energia sustentável e verde. No entanto, a realização desse projecto dependerá de uma cuidadosa consideração dos impactos sociais e ecológicos, bem como da colaboração internacional para financiamento e desenvolvimento.
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