Uma alimentação rica em ferro pode ajudar a prevenir a “falta de sangue”, condição que afecta cerca de 52% das mulheres moçambicanas dos 15 aos 49 anos. Saiba porquê.
“Falta de sangue”, “sangue fraco” ou, ainda, “pouco sangue”, são expressões popularmente utilizadas para designar a anemia, condição caracterizada pela diminuição da quantidade de hemoglobina no sangue, que, por sua vez, se traduz na redução da capacidade de transporte de oxigénio aos tecidos do corpo.
Na fase inicial, a anemia traduz-se por fadiga e pode passar despercebida. Porém, à medida que evolui, surgem outros sintomas, como a falta de força generalizada, palidez, dores de cabeça e tonturas, entre outros. Esta situação afecta o desempenho cognitivo e a capacidade de trabalho e de socialização das pessoas atingidas e pode agravar outros problemas de saúde.
Na origem da anemia podem estar diversas causas, como doenças intestinais, hemorragias e doenças crónicas, entre outras. Contudo, a sua causa mais comum é a falta de Ferro, mineral que existe naturalmente nos alimentos e que é essencial à produção de hemoglobina.
Assim, em condições normais, uma alimentação equilibrada e rica em Ferro é suficiente para prevenir a anemia. O mineral pode ser encontrado numa grande variedade de alimentos de origem animal e vegetal, como carne, peixe, crustáceos, vísceras, ovos, espinafres, couve, brócolos, feijão, soja, grão, lentilhas, quinoa, aveia, cevada, folhas de mandioca, sementes de gergelim, folhas secas de moringa, caju torrado, entre muitos outros.
Entretanto, o Ferro proveniente de alimentos de origem animal é absorvido mais facilmente do que o de alimentos de origem vegetal. Por isso, mesmo que alguns alimentos de origem vegetal tenham um teor de Ferro mais elevado do que os restantes, quem não come produtos de origem animal deve ter alguns cuidados adicionais para garantir que tem um aporte suficiente deste mineral. Por exemplo, reforçar a ingestão de fontes de Ferro e de alimentos ricos em vitamina C, como a laranja, kiwi, ananás, batata normal ou doce, entre outros, uma vez que essa substância potencia a absorção do Ferro presente nalguns alimentos de origem vegetal.
A suplementação de ferro pode, também, ser necessária quando o regime alimentar não permitir a ingestão e/ou absorção das quantidades de Ferro necessárias, seja por as necessidades estarem aumentadas (como acontece, por exemplo, durante a gravidez), ou por a absorção estar dificultada (por exemplo, no caso de ocorrência de doenças intestinais ou crónicas). No entanto, a suplementação deverá ser sempre feita de acordo com a recomendação do médico ou nutricionista.
POR “MARIA NUTRICAS”
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