O Presidente da República, Daniel Chapo, mostrou-se preocupado neste sábado (29), com a onda de desinformação sobre a origem da cólera, doença que já fez 36 mortos, nas províncias de Nampula e Zambézia, e infectou mais de duas mil pessoas.
Falando num comício em Nampula, Daniel Chapo afirmou que a cólera não pode ser espalhada por um hospital ou estabelecimento escolar.
A onda de desinformação, sobre a origem da doença, desencadeou actos de vandalismo, com a destruição de bens, perseguição de líderes comunitários e autoridades, obrigando à intervenção das forças de segurança.
“Ninguém está a trazer a cólera para Moçambique”, reiterou Chapo, instando a população a melhorar os hábitos de higiene, nomeadamente com a lavagem das mãos, e limpeza dos terrenos adjacentes às casas.
“Vamos lavar as mãos, para não apanharmos a cólera, limpar os nossos quintais, os nossos bairros, porque não podemos deixar o capim crescer de qualquer maneira”, prosseguiu o estadista moçambicano, citado pela RFI.
Na ocasião, o director da Educação de Nampula, William Tuzine, revelou que cerca de 70 escolas foram vandalizadas devido aos protestos relacionados com a desinformação sobre um surto de cólera na província, no norte de Moçambique, afectando mais de mil alunos.
“Estamos a falar de cerca de 70 escolas que foram vandalizadas neste período, portanto estamos a falar de mais de mil alunos que ficaram afectados por esta questão de vandalização de salas de aulas”, referiu.
(Foto DR)
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