O Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou à população da província de Maputo, sul do País, para não ser objecto de notícia pelos piores motivos, evitando a destruição de bens públicos e privados sob a alegação de protestar contra a criminalidade ou a falta de melhores condições de vida.
O chefe de Estado, que falava hoje (29), durante a cerimónia de inauguração da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Maputo, disse que a neutralização de um criminoso não pode justificar a prática de justiça pelas próprias mãos.
Tomou como exemplo o caso dos militares que se encontram na frente de combate em Cabo Delgado, os quais neutralizam terroristas e os entregam às autoridades judiciais e, em alguns casos, voltam a encontrá-los em cenário de combate porque foram soltos por alegada falta de provas.
“Não estou a dizer para não responsabilizar os criminosos, mas temos que saber levá-los para onde devem estar e se o tratamento que for dado não nos satisfazer, existem mecanismos de canalizar o assunto a outras entidades para que se alcance um resultado adequado”, frisou o estadista moçambicano.
Recorde-se que na segunda-feira (27), populares revoltaram-se na vila da Manhiça, província de Maputo, e incendiaram uma viatura da Polícia da República de Moçambique (PRM), reivindicando o aumento da onda de criminalidade nos últimos dias.
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