A Polícia da República de Moçambique (PRM) dispersou hoje com disparos de gás lacrimogéneo centenas de manifestantes que cantavam, de joelhos, o hino nacional, junto à estátua de Eduardo Mondlane,  no bairro do Alto Maé, ao longo da Avenida Eduardo Mondlane.

A situação provocou a fuga momentânea dos manifestantes pró Venâncio Mondlane que contestam os resultados eleitorais.

Naquele que foi o terceiro e último dia da nova fase de protestos, a população na cidade de Maputo, respondeu positivamente ao pedido, na véspera, de Venâncio Mondlane a partir da sua página Facebook. Ao meio-dia, os carros pararam e buzinaram e as pessoas ergueram cartazes com as suas mensagens de protesto.

Para as 13h, estava marcada nova paralisação dos carros e das pessoas, durante 25 minutos, para cantar o hino e homenagear o advogado Elvino Dias e o mandatário do PODEMOS Paulo Guambe, assassinados a 19 de Outubro, com 25 balas. Contudo, a polícia dispersou os manifestantes com disparos de gás lacrimogéneo.

Esta quarta, quinta e sexta-feira foram dias de “luto nacional” sugerido pelo candidato presidencial do PODEMOS para lembrar as 50 pessoas que, morreram baleadas pelas autoridades que as deviam proteger durante as manifestações.

Venâncio Mondlane diz que os protestos vão continuar até à reposição da verdade eleitoral e reclama a vitória nas eleições gerais de 09 de Outubro, rejeitando os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) que dão larga vitória ao candidato da Frelimo, Daniel Chapo, com 70,67% dos votos.

(Foto DR)