O candidato presidencial Venâncio Mondlane, apoiado pelo PODEMOS (Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique) nas eleições de 09 de Outubro, interpôs um recurso junto do Conselho Constitucional (CC), órgão máximo do país em matéria de direito eleitoral, pedindo a anulação dos votos expressos no Zimbabué, uma vez que 296.519 cidadãos zimbabueanos foram ilegalmente autorizados a votar.
De acordo com um documento assinado pela advogada de Venâncio Mondlane, Judite Simão, a eleição nas assembleias de voto instaladas no Zimbabué deve ser anulada, tendo em conta os dados de um relatório do “Alto Comissariado dos Advogados dos Direitos Humanos da África Austral Moçambique”, que refere que cidadãos zimbabueanos votaram nas eleições moçambicanas.
“Se houver vontade e interesse em analisar o assunto, podem ser efectuadas diligências junto do Ministério do Interior para apurar se os 296.519 eleitores são ou não moçambicanos com dupla nacionalidade”, lê-se no apelo, citado pela AIM.
Recorde-se que o MZNews já havia publicado a 14 de Outubro, que um número significativo de apoiantes do partido zimbabueano, Zanu PF, incluindo um antigo vereador, votaram nas Eleições Gerais de Moçambique.
Segundo a publicação da DW, citando o jornal zimbabueano “New Zimbabwe”, o antigo vereador do Zanu PF, Edison Manyawi, vangloriou-se surpreendentemente de ter votado na Frelimo perante as câmaras, apesar de ser ilegal.
“Estamos felizes com o que fizemos porque Moçambique é nosso vizinho e ajudou-nos durante a luta de libertação, por isso não hesitaríamos em ajudá-los a ganhar as eleições”, disse Manyawi.
(Foto DR)
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