A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique abriu um processo-crime contra 13 agentes da polícia, na cidade da Beira, por terem torturado até à morte um alegado criminoso.

De acordo com o porta-voz da PGR, Joaquim Tomo, citado pelo jornal “O País”, os agentes da polícia torturaram o alegado criminoso, de nome Tomás Evaristo, até este perder a vida numa cela da polícia, o que significa que morreu em consequência dos maus tratos sofridos enquanto esteve sob custódia policial.

“Este caso está a ser investigado pela Secção de Investigação Criminal da PGR. Poderão ser acusados mais agentes. Outros detidos, que estavam na mesma cela que o morto, foram todos interrogados. O caso ainda está em aberto”, disse o porta-voz.

A fonte explicou que as provas existentes até ao momento indicam que Evaristo foi espancado “na cela, na noite do dia 13. Ele perdeu a vida a caminho do hospital, mas o sofrimento foi-lhe infligido nas celas da segunda esquadra da polícia, na cidade da Beira”.

Tomo sublinhou que a polícia não tem o direito de agir com violência contra pessoas acusadas de crimes. “Ninguém está autorizado a torturar um cidadão por causa de um crime. Isso é linchamento”, declarou.

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