Parceiros da bacia do Rovuma podem mudar após decisão da Galp de vender ações

O Ministério dos Recursos Minerais e Energia anunciou que os parceiros da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo da costa da província de Cabo Delgado, podem mudar, uma vez que a empresa portuguesa de petróleo e gás, Galp, decidiu vender a sua posição à petrolífera dos Emirados ADNOC, no consórcio de exploração de gás natural.

O comunicado do Ministério surge depois de a empresa portuguesa ter anunciado ter chegado a acordo com a ADNOC para vender por quase 600 milhões de euros (650,7 milhões de dólares ao câmbio atual) a sua posição no consórcio de gás natural Área 4.

O acordo entre a Galp e a ADNOC prevê pagamentos contingentes adicionais de 100 milhões e 400 milhões de dólares com a decisão final de investimento da Coral North e do Rovuma LNG.

“De acordo com a legislação em vigor, esta transação está sujeita à aprovação dos sócios da Área 4 bem como do governo que, através das autoridades competentes, terá de calcular as respetivas mais-valias”, lê-se na nota.

Segundo a imprensa portuguesa, a Galp decidiu vender as suas ações em Moçambique e vai usar o dinheiro para continuar o seu investimento na Namíbia. A decisão pretende melhorar a posição negocial da empresa com futuros parceiros e livrá-la do risco do terrorismo islâmico em Cabo Delgado.

Na Área 4 da Bacia do Rovuma, o gás natural liquefeito (GNL) é produzido e exportado desde 2022 através do Projecto Coral Sul FLNG (Gás Natural Liquefeito Flutuante).

Recentemente, os parceiros daquela área manifestaram interesse em desenvolver o Projecto Coral Norte FLNG, uma réplica do projecto Coral Sul, que está em processo de avaliação e aprovação pelo governo. (AIM)

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