A Embaixada dos Estados Unidos da América, o Alto Comissariado Britânico, o Alto Comissariado do Canadá, a Embaixada da Noruega e a Embaixada da Suíça a emitiram um comunicado a apelar à contenção e respeito pelo Estado de Direito e pela vida humana face à situação que se vive em Moçambique.
“Neste momento crítico, apelamos a todos os envolvidos para que demonstrem contenção, respeitando o Estado de Direito e a vida humana”, começa por dizer uma “declaração conjunta” daquelas representações diplomáticas em Maputo, publicada nesta terça-feira (05), na página do Facebook da Embaixada dos Estados Unidos.
Citada pela VOA, a nota acrescenta que aqueles governos reiteram “o nosso apoio ao povo moçambicano no exercício dos seus direitos, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, à reunião e associação pacíficas, à liberdade de opinião e expressão, e ao direito à informação”.
Em referência ao processo eleitoral em curso, dizem partilhar “a expectativa de que o Conselho Constitucional cumpra as etapas finais do processo eleitoral de forma transparente e em conformidade com o seu mandato”.
Este posicionamento surge no momento em que decorrem protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane contra o que chama de fraude eleitoral que, no entanto, têm sido reprimidos pela polícia.
Moçambique tem estado sob tensão desde a realização das eleições gerais de 09 de Outubro.
As manifestações e consequentes confrontos entre polícia e manifestantes agravaram-se após a Comissão Nacional de Eleições ter anunciado os resultados, a 24 de Outubro, que davam vitória ao candidato do partido no poder Frelimo, com 70% dos votos, sendo seguido pelo candidato apoiado pelo partido PODEMOS, Venâncio Mondlane.
Mondlane, que disputa os resultados, tem convocado manifestações e paralisações gerais desde então.
Através das redes sociais, Venâncio Mondlane anunciou que se vai juntar à manifestação que ele convocou para 07 de Novembro.
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