O chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, exortou nesta quarta-feira, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) para continuarem focadas no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, tendo reiterado a sua abertura em acolher os terroristas para regressarem ao convívio familiar.
“Desejamos que 2024 seja um ano de muito trabalho, acredito que já sabem que o momento que vocês descansam, é o momento que os nossos inimigos querem se aproveitar de nós”, disse Nyusi, citado pela AIM.
O governante falava, na escola de sargentos das FADM, General do Exército Alberto Joaquim Chipande, no distrito de Boane, província de Maputo, durante a cerimónia de encerramento do XIV curso de formação de sargentos.
Na ocasião, o Presidente da República disse que a aprovação da lei de revisão do Serviço Militar Obrigatório (SMO) visa não somente o alargamento do período de cumprimento do serviço efectivo normal, mas também para garantir a retenção e disponibilidade de um efectivo experiente fazendo jus o investimento feito no sector.
“Eu vivi casos onde os meus generais ficaram muito desesperados, depois de formar forças especiais com o conhecimento que os outros não tinham, mas, porque já haviam concluído os dois anos, tiveram que sair antes de executar as missões. É desperdício, envolve custos e essa lei corrige isso”, explicou.
Disse ainda que esta lei visa também maior racionalidade e rentabilidade dos esforços e recursos investidos.
“Como disse, normalmente, uma batalha é diferente da outra. O sargento e o soldado amadurecem em função do trabalho ou de operações que exercem. Então, na altura que atingem a maturidade é nessa altura que devia deixar as FADM”, afirmou Nyusi, numa referência à antiga lei que estabelecia o período de dois o cumprimento do SMO.
Nyusi vincou que o instrumento visa, também, criminalizar os que se furtam quando chamados para integrar ao SMO e traz melhorias para a classe dos sargentos.
“A revisão introduz igualmente disposições que responsabilizam criminalmente os compelidos e infractores que se queiram furtar ao chamamento patriótico de servir nas forças armadas”, disse Nyusi, para quem a lei revista introduz a necessidade da melhoria da condição do sargento.
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