Um mês depois de a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) ter manifestado interesse em renovar o contrato do técnico Chiquinho Conde, para continuar a desempenhar as funções de seleccionador nacional dos “mambas”, as partes ainda estão longe do acordo.
Depois de no passado dia 27 de Junho a FMF ter afirmado, em comunicado, que manifestou interesse em renovar o contrato de Chiquinho Conde para continuar a ser seleccionador nacional, ainda não existem sinais de aproximação das partes, porque não há entendimento relativamente às cláusulas contratuais.
Uma publicação do jornal Desafio refere citando uma fonte da federação, ligada ao processo negocial, que as conversações estão estagnadas, sendo que, na melhor das hipóteses, vão continuar esta semana, com as duas partes em Maputo.
A razão que faz com que até o momento a FMF e Chiquinho Conde não tenham, sequer, feito uma aproximação de posições para a renovação do contrato tem que ver com as cláusulas constantes da proposta do novo contrato.
Recorde-se que em Junho, falando numa conferência de imprensa, o presidente da FMF, Feizal Sidat acusou Chiquinho Conde de “ingrato”, tendo o criticado de violar o contrato de trabalho, ao fazer acusações contra a sua “entidade patronal” em público e nas redes sociais, e reivindicar apenas para si e para os jogadores o mérito das vitórias dos ‘mambas’, deixando de fora “todo o trabalho colectivo”.
Sidat disse que Chiquinho Conde lhe faltou ao respeito, na presença dos jogadores da selecção, ao exigir gelo no balneário, após o jogo em que Moçambique garantiu o acesso à fase final do Campeonato das Nações Africanas (CHAN), disputado apenas por jogadores que actuam no continente.
O dirigente deu ainda conta de que o selecionador humilhou igualmente Paíto, actual vice-presidente da FMF para as seleções, ao proibi-lo de entrar no autocarro e no balneário da equipa.
“O meu vice-presidente merece ter todo o respeito, o Paíto está proibido de entrar no autocarro, o Paíto chorou”, afirmou Sidat.
As dúvidas em relação à continuidade de Chiquinho Conde à frente da seleção nacional levaram alguns líderes da sociedade civil a dirigirem-se à sede da FMF para exigirem que a direcção do organismo se comprometa com a renovação do contrato com o técnico, figura muito popular no país.
(Foto DR)
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