Nampula: Partido PODEMOS acusa a polícia de ter morto mais de 60 pessoas

Nampula: Partido PODEMOS acusa a polícia de ter morto mais de 60 pessoas

O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), que suporta a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, acusa a Polícia da República de Moçambique (PRM) de ter baleado mortalmente 64 pessoas na província de Nampula, região norte do país, durante as manifestações que decorrem desde o dia 21 de Outubro.

Falando ontem, quinta-feira (19), o delegado provincial do PODEMOS em Nampula, Castro Niquina, denunciou que os membros daquela formação política estão a sofrer perseguições, sobretudo os que residem no distrito de Mogovolas, por supostos agentes da PRM, assim como de membros do partido Frelimo.

“Estamos a ter polícia que está a se transformar em esquadrões da morte, onde no lugar de proteger estão a matar as pessoas, estamos a ter tantas pessoas que estão a ser massacradas. O comandante provincial de Nampula é o mais carrasco, veja que em Moçambique, num universo de 11 províncias, em uma média de 150 mortos, Nampula sozinha está a somar acima de 60”, referiu Castro Niquina, numa publicação do portal Ikweli.

Na ocasião, a fonte revelou o facto de um dirigente na província estar a contratar um total de 150 jovens residentes no bairro de Namicopo para cometer aquilo que chamou de atrocidades, vandalizar bens públicos e privados para posteriormente incumbir a culpa ao partido PODEMOS.

“Que fique bem claro que toda vandalização que é feita nunca foi praticada por nós, são pessoas infiltradas, preparadas pelo regime para encontrar uma razão de nos colocar como vândalos de modo que a comunidade repare para Venâncio Mondlane como a pessoa que está a estragar o país”.

No próximo dia 23 do mês em curso, segunda-feira, o Conselho Constitucional, último órgão de recurso do processo eleitoral, virá ao público para validar e proclamar os resultados das eleições havidas no dia 09 de Outubro, nesse sentido, caso seja proclamado o partido Frelimo e o seu Candidato, Daniel Chapo, como vencedores, “o povo não pode aceitar”, tendo afirmado que as manifestações que têm vindo a afectar o país, não pertencem ao partido, mas sim aos cidadãos que estão revoltados com o regime do dia.

“Não somos nós, nem o Venâncio Mondlane, que vamos ditar os passos subsequentes, o povo já percebeu e está a rejeitar a Frelimo, ela deve entregar a chave, essa é a única solução”, concluiu Niquina.

 

(Foto DR)

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