Moçambique vai-se tornar, em Janeiro do próximo ano, membro de pleno direito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), altura em que passará a explorar as oportunidades de negócio que esta plataforma oferece aos países integrantes, sobretudo na internacionalização e especialização produtiva.
O anúncio foi feito, esta semana, em Maputo, pelo ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, que acrescentou que a entrada de Moçambique é igualmente uma ocasião para o aumento de investimentos com impacto na balança comercial, em linha com o Programa Quinquenal do Governo.
Segundo Silvino Moreno, citado pelo jornal Notícias, a ZCLCA complementa outros projectos que reforçam mutuamente o apoio ao comércio e investimento, especialmente pelo facto do mercado continental de livre comércio projectar o aumento do comércio intra-africano de menos 12% em 2013 para mais de 50% em 2045, bem como o incremento da quota da África no comércio global de dois para 12%.
Com vista a assegurar a entrada neste mercado, o Governo aprovou a Resolução sobre a Oferta Tarifária de Moçambique e a Estratégia Nacional para a Implementação do Acordo que cria a ZCLCA.
Com estes instrumentos, o Executivo pretende aceder ao Fundo de Ajustamento da ZCLCA, que visa assistir os Estados-partes na implementação do acordo.
O documento vai igualmente permitir que o país faça parte da Iniciativa de Comércio Intra-Africano Guiado para Mercadorias, visando criar oportunidades em África, através dos operadores económicos dos países que já submeteram as suas ofertas tarifárias e que já realizam transacções comerciais nas diversas cadeias de valor.
Olhando para este percurso, o governante apelou às empresas nacionais a tirarem maior proveito desta plataforma investindo na certificação das suas marcas e produtos, elementos essenciais para usufruírem das vantagens e oportunidades do mercado.
África será a maior zona de comércio livre do mundo, medida pelo número de países, 55. Estabelece a ligação entre 1,3 mil milhões de pessoas, representando um Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4 mil milhões de dólares.
(Foto DR)
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