O sucesso alcançado, nos últimos tempos, através do programa “Sustenta”, faz com que o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, acredite que, nos próximos cinco anos, o país será auto-suficiente na produção de arroz. Celso Correia falava esta quarta-feira, em Chókwè, província de Gaza, durante a reinauguração de uma fábrica de processamento de arroz com capacidade de 60 mil toneladas anuais.
Trata-se do Complexo Agro-industrial de Chókwè (CAIC), infra-estrutura que compreende unidades de processamento de arroz, castanha de caju e tomate.
Nesta terça-feira, foi reinaugurada a unidade de processamento de arroz, um investimento que custou um milhão de meticais.
Coube ao ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, presidir a cerimónia e proceder ao ligamento das máquinas. O dirigente visitou as instalações e verificou como funciona toda a cadeia, desde o descarregamento do arroz proveniente das machambas até o ensacamento.
No seu discurso, o governante destacou que a reabertura daquela unidade é a realização de um sonho antigo.
“Testemunhamos o arranque do roncar dos motores das máquinas de processamento de arroz. Trata-se de uma fábrica que esteve encerrada há mais de quatro anos, por vários motivos. Este momento representa o despertar de um monstro adormecido. Fizemos um investimento na ordem de 600 milhões de meticais no Regadio de Chókwè, o que nos permitiu aumentar a produção na ordem de 20 mil toneladas de arroz nesta campanha, onde estendemos a produção para mais cinco mil novos hectares”, introduziu o dirigente citado pelo “O País”, para depois destacar a relevância da mecanização nos processos de produção, como forma de maximizar os ganhos com a agricultura.
“Juntamos a essa celebração a entrega das primeiras oito ceifeiras para a colheita do arroz, das quais seis já se encontram em território nacional. Estas máquinas surgem no corolário das visitas de monitoria que temos estado a efectuar a este regadio. O Governo de Moçambique cumpre hoje mais uma promessa neste regadio, através do SUSTENTA. No que diz respeito à produção, a nossa perspectiva é atingir, ainda nesta época, 1/3 da capacidade máxima de 30 mil toneladas por ano, desta unidade fabril, e irmos crescendo até a sua capacidade máxima nas próximas duas campanhas”, destacou.
Correia disse que os indicadores, em termos de produção de arroz, são animadores e dão garantias de que o país será auto-suficiente nos próximos anos.
“Estes resultados positivos abrem grandes desafios e perspectivas para um futuro de crescimento constante. Agora não podemos falar em sinais apenas, mas em resultados. É este o caminho de resultados a que queremos percorrer. O nosso compromisso é atingir a auto-suficiência nesta cultura nos próximos cinco anos. Foi neste âmbito que, na semana passada, em Nante, na Zambézia, fomos confirmar o avanço das obras de reconstrução de infra-estruturas de irrigação em Munda, onde esperamos cobrir mais 3 000 hectares de produção desta cultura de rendimento, na próxima campanha. Esta acção do Governo no domínio dos regadios não se resume somente nestas duas intervenções a que fizemos referência, mas integra a reabilitação de um total de 12 000 hectares nas províncias de Gaza, Manica, Sofala, Zambézia e, igualmente, a facilitação de acesso a kits de produção para mais de 50 000 pequenos produtores”.