Moçambique perde USD 200 milhões devido ao desflorestamento

A exploração ilegal da madeira em Moçambique prejudica o Estado em cerca de 200 milhões de dólares anualmente. De acordo com o Ministério da Terra e Ambiente o país enfrenta um desafio na conservação florestal.

No âmbito do Dia Internacional de Florestas, 21 de Março, o Ministério estima uma perda de 219 mil hectares em área desflorestada a cada ano. Em comunicado, citado pelo jornal Notícias, o Ministério aponta a agricultura itinerante, expansão urbana, exploração ilegal, mineração e ainda a produção de combustíveis lenhosos como os principais factores de desflorestamento.

Para lidar com a o problema da conservação, o Governo desenhou medidas que visam garantir o uso sustentável do património florestal, através do combate de tráfico de produtos florestais, redução do desmatamento e degradação florestal, bem como a mitigação dos efeitos nefastos associados às mudanças climáticas.

Entre as várias medidas destaca-se a revisão do quadro legal, desenho e implementação do sistema de informação florestal, avaliação participativa e periódica da governação e dos operadores florestais, para além da promoção do reflorestamento e plantio de árvores.

Em Moçambique, as florestas ocupam cerca de 32 milhões de hectares correspondentes a cerca de 40% da área total, dos quais 17,2 milhões tem potencial para a produção de madeira.

O sector da floresta conta com 1003 operadores florestais dos quais 225 são em regime de concessão e 778 com licença simples e emprega cerca 14 mil trabalhadores.

O Dia Internacional de Florestas foi consagrado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em 2012, com o objectivo de promover uma reflexão em torno da importância das florestas para o bem-estar social e da necessidade de manter o equilíbrio natural, através da prevenção da sua degradação.

A fonte refere que o valor que o Estado moçambicano perde anualmente por exploração ilegal das florestas nacionais serviria para impulsionar o desenvolvimento sócio-económico do país, com particular destaque para as zonas rurais.

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