Cerca de 300 pessoas invadiram no domingo uma mina de rubis da Gemfields Group Ltd. em Moçambique, que responde por cerca de metade do suprimento mundial de pedras, disse o Diretor Executivo Sean Gilbertson. Duas pessoas foram baleadas e feridas pela polícia, disse ele.

Uma multidão de cerca de 500 pessoas se reuniu mais tarde em uma vila perto da mina de rubis de Montepuez, no nordeste de Moçambique, com a intenção de entrar na mina, disse Gilbertson por mensagem de texto. Os sindicatos de contrabando de rubis haviam iniciado uma campanha de desinformação antes de que a empresa “abriu sua mina para mineração por qualquer um” por 24 horas, quando não o fez, disse ele.

“Esta campanha é falsa” e foi promovida por sindicatos de contrabando de rubis, disse a empresa em uma declaração. “Duas pessoas sofreram ferimentos de arma de fogo quando a polícia respondeu à agressão crescente.”

As ações da Gemfields caíram 2,5% às 10h em Joanesburgo na segunda-feira.

A empresa enfrentou repetidas incursões no local da mina, localizada em uma das regiões mais pobres de Moçambique.

Em 2019, a empresa chegou a um acordo sobre alegações de abusos de direitos humanos em torno da operação. Ela não admitiu responsabilidade.

As tensões políticas têm sido altas em Moçambique desde a eleição geral de 9 de Outubro. Várias organizações de observadores levantaram questões sobre a credibilidade do processo eleitoral do país.

Em um comício de campanha em 29 de Setembro em Montepuez, Mondlane trouxe uma mensagem populista, dizendo que apenas empresas estrangeiras ganharam licenças para explorar as gemas, e os moradores locais não ganharam nada com os recursos. Os escavadores artesanais devem obter licenças, ele disse em meio a aplausos.

O pessoal de segurança da Montepuez Ruby Mining, incluindo policiais designados para proteger a concessão, participam de treinamento obrigatório em direitos humanos, disse Gemfields. (Bloomberg)