Os cidadãos moçambicanos estão entre as três primeiras nacionalidades que mais praticam mineração ilegal na República da África do Sul (RAS).
A informação foi dada ontem (19), pelo ministro sul-africano de Recursos Minerais e Petrolíferos, Gwede Matsanshe, que, igualmente, apontou cidadãos do Lesotho e Zimbábue como os que mais fornecem mão-de-obra ilegal na área da mineração.
Citado pelo jornal Notícias, Matsanshe prestou a informação no encontro que manteve com os parlamentares das comissões da Polícia e dos Recursos Minerais para actualização de informações sobre a operação “vala umugodi”, desencadeada no âmbito do combate à mineração ilegal neste país vizinho.
Desde o final do ano passado, mais de 1500 ilegais, na sua maioria moçambicanos, foram retirados da mina de ouro de Stilfontein, após os militares sul-africanos terem bloqueado todas as vias de reabastecimento de alimentos.
Outros mais de 90 mineiros ilegais morreram, sendo que as autoridades sanitárias de North West apelam aos familiares para fazer o reconhecimento de corpos, através de exames de DNA.
O ministro sul-africano da Polícia, Senzo Mchunu, também presente na audiência com os parlamentares, assegurou que as investigações prosseguem com vista a identificar os que tiram benefícios da mineração ilegal.
Refira-se que o governo da África do Sul vai exigir a restituição dos três milhões e meio de rands que gastou na missão de resgate de mineiros ilegais, em Stilfontein, na província de North West. Somente o ano passado, a mineração ilegal custou à economia da África do Sul o equivalente a 60 mil milhões de rands.
(Foto DR)
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