O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, alertou nesta quarta-feira, 27, que a morte do líder terrorista em Cabo Delgado pode provocar a violência com “ataques de vinganças” dos grupos armados, como o massacre da decapitação de 12 cristãos em Mocímboa da Praia.
Segundo Cristóvão Chume, citado pela Lusa, o Governo está ciente de que a morte do comandante operacional das acções terroristas, o moçambicano Bin Omar, e outra estrutura de sua liderança, é um “ganho táctico operacional assinalável”, mas não “significa o fim do terrorismo”.
“Logo após a sua morte, nós estávamos com total certeza, de que haviam de se vingar, em algum local da província de Cabo Delgado, o que aconteceu com a decapitação de 12 pessoas no distrito de Mocímboa da Praia, esperamos ainda alguma escalada, mas podemos garantir que que vamos continuar a combater”, reiterou Chume.
O ministro acrescentou que as forças estão a “imprimir pressão operacional sobre os terroristas, sobretudo no distrito de Macomia, por apresentar maior incidência das actividades terroristas actualmente”, mas continuam desafios de natureza humana e material.
Contudo, o governante pediu à União Europeia e os Estados Unidos da América material letal, para o combate ao terrorismo, para robustecer o esforço nacional e internacional de combate ao terrorismo, além de infringir golpes nas áreas de financiamento dos grupos.
Por sua vez, o embaixador da União Europeia em Moçambique, Antonino Maggiore, assegurou que a organização vai continuar a reforçar a capacidade táctica e combativa com o treinamento de mais elementos da tropa moçambicana no combate ao terrorismo.
O diplomata, que falava no simpósio internacional subordinado ao tema, “Mobilizar a Inteligência Colectiva para Combater e Prevenir o Extremismo Violento e o Terrorismo em África- Soluções Africanas para Problemas Africanos”, que decorre em Maputo, reafirmou igualmente o compromisso da ajuda aos deslocados do conflito.
João Pereira, director executivo da Fundação Mecanismo de Apoio a Sociedade Civil (MASC), que organiza o simpósio, disse que o terrorismo tornou-se numa luta que atingiu níveis sem precedentes e a testar a capacidade dos estados em prover segurança.
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