Ministério da educação pondera estabelecer nota mínima para ingresso no ensino superior

Ministério da educação pondera estabelecer nota mínima para ingresso no ensino superior

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) poderá rever os critérios para admissão no ensino superior para assegurar que os candidatos admitidos tenham competências mínimas.

Segundo a ministra de Educação, Samaria dos Anjos Tovela, que falava esta quinta-feira (27), em Maputo, à margem da abertura do “workshop” de validação das qualificações do ensino superior, a medida visa reverter a situação actual que, em alguns casos, são admitidos às universidades privadas candidatos com notas inferiores a seis valores, desde que sejam a nota mais alta independentemente de ser ou não uma nota negativa [abaixo de 10 valores].

“Temos que ter uma nota mais alta a partir de uma positiva. Portanto, nós podemos dizer, estamos a falar das notas mais altas, sendo a mínima, por exemplo 10”, disse Samaria dos Anjos Tovela.

Citada pela AIM, a governante afirmou que ao se admitir candidatos com notas inferiores a 10 valores não se está a primar pela qualidade que se deseja que os graduados tenham depois da formação e correspondam aos anseios do mercado de emprego.

“Ao entrar com um nível muito baixo, não é possível conseguir acompanhar e aperfeiçoar e desenvolver habilidades que permitam, efectivamente, operar profissionalmente.  Então, esse é que é o nosso desafio”, anotou, reconhecendo, no entanto, que os problemas do sector que dirige existem em todos os subsistemas de educação, por isso “o objectivo agora é fazermos o alinhamento, revermos e, rapidamente, podermos avançar com alguma solidez”.

Sobre o evento, Tovela diz que a harmonização das qualificações nas Instituições de Ensino Superior no País vai garantir a mobilidade de professores e alunos para qualquer canto do mundo, pois, segundo aclarou, as qualificações a serem aprovadas estão em conformidades com as da região [SADC], do continente e do mundo.

“O objectivo, essencialmente, é garantir a mobilidade para que qualquer professor daqui possa operar em qualquer sítio que seja. Possa sair e, efectivamente, operar em qualquer sítio que seja.  O nosso aluno pode ter mobilidade.  O aluno de lá possa vir para aqui e enquadrar-se  dentro daquilo que é o nosso subsistema do ensino superior”, disse.

 

(Foto DR)

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