Mineradora Vulcan promete resolver os problemas contestados pela população de Moatize

Mineradora Vulcan promete resolver os problemas contestados pela população de Moatize

A empresa de mineração indiana Vulcan anunciou que está a busca de soluções conjuntas e sustentáveis para evitar a poluição causada pela mina de carvão em Moatize.

O anúncio surge em reação a uma carta assinada por mais de 350 pessoas de oito bairros de Moatize, no distrito do mesmo nome, província de Tete, endereçada na semana passada, à mineradora para resolver as questões de poluição do ar decorrente das suas actividades de exploração de carvão mineral à céu aberto, ameaçando “tomar todas as medidas legais de protestos” até a apresentação de soluções no prazo de trinta dias.

Em nota citada pela Carta de Moçambique, a Vulcan começou por confirmar ter recebido uma carta das comunidades de Moatize, relatando a emissão de particulados nos bairros 25 de Setembro, Bagamoyo, Chithatha, 1º de Maio, Liberdade, Nhanctere, Malabué e Chipanga (Secção 4 e 6), para depois prometer levar em consideração todos os esforços para melhorar e atingir o objectivo.

“Apesar dos grandes esforços realizados pela empresa para controlar os particulados, ainda existem enormes desafios a superar”, refere em nota, reafirmando o seu compromisso com a melhoria contínua e a adopção das melhores práticas do mercado para a realização de desmontes de rocha controlados próximos às comunidades, “garantindo assim a implementação de todos os procedimentos de monitoramento ambiental”.

“Como medidas adicionais para minimizar qualquer impacto futuro, a empresa garante que vai proceder à redução da carga, do diâmetro e da profundidade dos furos”, acrescenta a mineradora.

Mais adiante, a Vulcan comprometeu-se a evitar desmontes simultâneos em áreas que interfiram directamente na comunidade e reforçar a cobertura vegetal no muro de barreira que serve como filtro dos particulados, bem como instalar canhões de nuvem de água nas frentes de lavra.

Contudo, a mineradora lembra em nota que no dia 2 de agosto do corrente ano, por volta das 16 horas, realizou três desmontes, sendo que o ponto mais distante estava a cerca de 1.220 metros da comunidade e o mais próximo a 759 metros, com o raio de segurança para pessoas de 300 metros.

“Neste tipo de actividade, é comum a emissão de particulados, que normalmente se dispersam em cerca de sete minutos. No entanto, devido às condições climáticas desta época, as partículas permaneceram suspensas no ar por mais tempo que o habitual, o que resultou em reclamações da comunidade, embora não tenha havido danos humanos ou estruturais”, assinalou.

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