Medidas governativas de Venâncio Mondlane: Acabar com toda violência no País … e criação de um fundo de apoio ao sector privado

Medidas governativas de Venâncio Mondlane: Acabar com toda violência no País … e criação de um fundo de apoio ao sector privado

O candidato presidencial que lidera a maior contestação aos resultados eleitorais em Moçambique desde as primeiras eleições no País, Venâncio Mondlane, anunciou hoje as suas medidas governativas como Presidente eleito pelo povo. No total são 25 medidas elencadas pelo Mondlane.

Falando a partir da sua conta social de Facebook, o candidato presidencial do PODEMOS começou por falar de “questões prévias” onde avançou que as manifestações que o País assiste desde Outubro já não são de Venâncio Mondlane, mas são resultado da consciência dos moçambicanos ganharam ao perceberem que Moçambique pertence a todos.

“Esta luta, estas manifestações já não é problema do Venâncio Mondlane, mas sim do povo moçambicano. Foi graças a estas manifestações que os moçambicanos ganharam a consciência de que este País pertence a todos nós. Portanto, isto é uma coisa, é mais um ganho destas manifestações”, afirmou.

Segundo Mondlane, pela primeira vez, Moçambique ficou projectado no mundo por causa desta consciência cívica dos moçambicanos. “O povo tem consciência de que uma vez unidos somos ainda mais fortes”, reiterou.

Eis as medidas governativas dos primeiros 100 dias

  • Deve-se parar com toda violência e genocídio silêncio contra a população;
  • A liberdade incondicional dos moçambicanos detidos ilegalmente por causa das manifestações;
  • Assistência médica gratuita para os feridos pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR), uma força de elite da Polícia da República de Moçambique;
  • Compensação financeira até 200 mil meticais por cada família que perderam familiares assassinados pela polícia;
  • Não se deve pagar portagens durante três meses e portagens que estiverem próximas a estradas destruídas devem ser removidas;
  • Acesso à água potável de borla para a população;
  • Fixação de preço de cimento que não ultrapasse 300 meticais;
  • Acabar com cobranças ilícitas na função pública;
  • Isenção do IVA para os produtos básicos da população;
  • Apresentação oficial da nova bandeira de Moçambique e será usada no País inteiro.
  • Conclusão das eleições locais, feito pelo povo e não por partido, deve ser feita a escolha do chefe do quarteirão para organizar-se o quarteirão.
  • Deve-se concluir o processo de despartidarização do Estado;

Medidas de auto-defesa do povo

  • Nestes 100 dias; cada elemento da população moçambicana que for morto pela polícia, também será assassinado o agente que terá praticado o acto;
  • Propina escolar não deve ser paga.
  • Empresas com problemas ambientais inimigos do povo ou que estão a matar o povo devem ser encerradas;
  • Reduzir as tarifas da electricidade em 50%;
  • Suspensão de toda exploração da madeira para exportação.
  • A indústria extractiva deve fazer contrato com as comunidades;
  • Inspeções de viaturas deve ser canceladas até que se reabilitem as estradas;
  • Taxa de rádio deve ser suspensa;
  • Temos que acabar com as cobranças ilícitas no ensino público.
  • Abertura de projecto digital, para que povo envie queixas e reclamações que não se resolvem;
  • Deve se fazer um acordo com a FMI de financiamento de até 500 milhões de dólares para recuperação de empresas destruídas no âmbito das manifestações;
  • Financiamento de até 600 milhões de dólares para apoiar iniciativas de projectos de jovens e também da mulher.

No final, Venâncio Mondlane enfatizou que todas estas medidas devem ser implementadas nestes 100 dias. “Caso estas medidas não sejam implementadas, iremos voltar à rua”, advertiu.

 

(Foto DR)

 

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